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Record demite em massa, mas poupa equipe da Universal

na equipe da Universal, ninguém toca

Como este site e canal anteciparam em 3 de julho, a Record começou a fazer seu passaralho –apelido das ruas para “demissão em massa”.

Ontem foram anunciadas as demissões da apresentadora Patrícia Costa e dos repórteres especiais Sylvestre Serrano e Roberto Thomé demitidos. Os dois foram da Globo por anos.

Apesar disso, só os nomes famosos foram divulgados.

Facão generalizado

As demissões começaram a acontecer em todos os departamentos da emissora, exceto nas equipes que trabalham para os programas da Igreja Universal.

Nos bastidores há choro e ranger de dentes. A expectativa é que até 400 funcionários sejam dispensados.

Segundo o (ótimo) site Notícias da TV, a expectativa é que só até sexta-feira serão cortadas 200 vagas.

Pior: são funcionários que terão muitíssima dificuldade em arrumar outro emprego em sua área.

Querida, a publicidade sumiu

Embora muita gente da imprensa credite o “passaralho” ao rombo de meio bilhão de reais que o Grupo Record registrou no ano passado, a causa essencial é outra.

A Record, assim como as outras TVs abertas já sabem que este será o pior financeiro ano de suas histórias, o que este site e canal também anteciparam em 20 de junho.

Ops, achou: foi pra web

Os anunciantes literalmente estão trocando a outrora queridinha TV aberta pela internet.

Há cinco anos, 58,3% da grande publicidade brasileira ia para a TV, e 17,1% ia para a internet.

Hoje a TV aberta caiu para 41,7% e a internet subiu para 35.7%.

No entanto, esse veículo ainda terá muitos anos de vida pela frente.

Angola e crise na Universal

Curiosamente, uma das causas que reforça a crise na Record é justamente a Universal, a maior “anunciante” da emissora.

A instituição do bispo Edir Macedo compra 6 horas diárias (na verdade, noturnas) da REcord.

Estima-se que chegou a “pagar” até R$ 700 milhões anuais pelo espaço –na verdade uma transferência de dinheiro entre bolsos iguais.

Hoje, a estimativa é que essa verba esteja caindo a R$ 300 milhões.

Há uma fuga em massa de fiéis, queda na arrecadação do dízimo e ainda a crise da igreja em Angola.

A igreja foi “tomada” por fiéis angolanos, que expulsaram os líderes brasileiros. Angola era um dos países mais “rentáveis” para a Universal.

TV na UTI

Entretanto, estará respirando por aparelhos até que alguém faça alguma coisa.

A única solução no fim do túnel é a mudança da Lei 4117/62, que versa sobre a participação de grupos estrangeiros em concessões públicas (TVs e rádios), bem como a Lei Geral das Telecomunicações (9.472/97).

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Tristeza para até 400 funcionários que serão demitidos da Record