Após 10 anos e grande escândalo, bispo da Igreja Universal volta à TV:
Honorilton Gonçalves, ex-vice-presidente da Record, está de volta às origens de apresentador.
Por 15 anos, esse bispo da igreja de Edir Macedo foi vice-presidente artístico da Record, assumindo em 1998.
Nos três anos anteriores ele comandou o lendário “25ª Hora”.
Nesta terça, Honorilton, 63, reapareceu nos programas da igreja diretamente do Rio de Janeiro.
Ela participou de um link com o bispo Renato Cardoso, genro de Edir Macedo, que estava falando do Templo de Salomão.
Quem entende os meandros e idiossincrasias da igreja sabe que isso é uma espécie de sinal de prestígio para Honorilton.
O bispo e o escândalo
Em 2013, após um escândalo familiar nebuloso, ele acabou sendo afastado do cargo executivo na emissora.
Quatro anos depois, surge na África com o novo líder da Universal no continente.
Como o site Notícias da TV noticiou à época:
“Ex-mandachuva da Record perde poder na igreja e cai na dança na África.”
Na foto incluída na matéria, Honorilton imitava danças africanas com fiéis de uma igreja Universal em Moçambique.
Escândalo em Angola
Em 2021, já comandando a principal e mais rentável “sucursal” da igreja no mundo, em Angola, Honorilton se viu enredado em outro escândalo.
Fiéis e informantes angolanos denunciaram que os líderes brasileiros da Universal estavam “contrabandeando” milhões de dólares da África para o Brasil.
Promotores e a Justiça de Angola passaram a investigar os brasileiros.
Inocentados
Após meses de julgamento e apreensão, Honorilton foi condenado à prisão, mas a pena foi transmutada em uma pequena multa.
No final do processo, todos os demais brasileiros julgados acabaram inocentados.
Enquanto isso, Edir Macedo levou o maior golpe de sua vida como religioso:
Fiéis angolanos expulsaram todos os brasileiros dos cargos de direção da Universal e tomaram esses cargos para si.
Ou seja: ele perdeu o controle sobre sua mais rentável “sucursal”.
US$ 45 milhões de ‘lucro’
Segundo matérias do jornalista Gilberto Nascimento, especializado em religião, a Universal faturaria até US$ 45 milhões por ano em Angola.
Até este momento, os líderes brasileiros seguem afastados.
A Justiça de Angola também fechou a filial da Record naquele país.
Emissários de Edir Macedo tentam entrar em um acordo e recuperar
A igreja, por meio de seu departamento de Comunicação, sempre negou quaisquer irregularidades na instituição.
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