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Globo deixa de ser sonho de jornalistas e outras profissões

Globo deixa de ser sonho de jornalistas e funcionários

Globo deixa de ser sonho de jornalistas e de outras profissões e funcionários, algo inimaginável alguns anos atrás.

No passado, trabalhar na Globo, seja para os artistas ou para um cargo de assistente administrativo, era considerado um “status profissional”.

A emissora e o Grupo Globo tinham a fama de pagar os melhores salários e de só contratar os melhores profissionais.

Bozó

O orgulho ou pedantismo de alguns de seus empregados ficaram conhecidos principalmente no Rio de Janeiro.

Havia funcionários que nem sequer pagavam contas em restaurantes, ou pediam desconto mostrando o crachá.

Muitos jornalistas ganhavam mimos e presentes valiosos de empresas e empresários. Eram convidados vips de festas.

Esse comportamento chegou a inspirar um personagem de Chico Anysio, o Bozó: um funcionários da Globo que andava com o crachá da emissora 24 horas por dia e não parava de falar sobre isso para os outros.

Deixou de ser um sonho

Nos últimos anos, no entanto, a emissora mudou completamente de rumo.

Demitiu milhares de funcionários, dispensou os maiores salários, os maiores medalhões, reduziu o piso salarial de quase todos os cargos e o resultado está aí.

Hoje há jornalistas e outros setores da emissora que já sofrem com alguma falta de mão de obra.

Como o jornalista Jeff Benício, do Terra, ponderou na semana passada:

Ser contratado pela Globo é o objetivo da maioria dos jornalistas interessados em TV. Mas cresce a frequência de repórteres que decidem deixar o canal após viver a experiência por um tempo.

Ele cita casos de jornalistas que pularam do navio da Globo: Willian Cury, da Globo News; Caio Maciel, do departamento de Esportes.

No ano passado, Michelle Barros também desistiu, depois de cansar de esperar ganhar uma vaga na bancada de algum telejornal.

Igor Rodrigues, do SporTV, também optou em deixar o “Tá na Área” para seguir a carreira solo.

“Você não pode ter canal no YouTube, Instagram você pode ter com restrições. Não poderia ficar fazendo conteúdo de futebol lá. Não podia gravar em rede social. Se gravasse alguém de lá viria falar comigo”, disse ao podcast Flow Sport Club.

Bozó, o personagem de Chico Anysio que se gabava de trabalhar na Globo

Bozó, o personagem de Chico Anysio que se gabava de trabalhar na Globo

Globo encolheu

O ibope da emissora está encolhendo e jamais voltar a ser o que já foi.

As redes sociais, as gigantes de busca, a internet em si, acabaram com o monopólio da “narrativa” da emissora ao longo dos anos.

No passado, a Globo ditava moda. Hoje ela corre atrás para copiar outras modas de outras mídias.

A Globo não é mais a mesma. E nunca mais será.

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