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Mynd8 tenta censurar vídeo, mas Justiça nega

Mynd8 tenta censurar vídeo, mas Justiça nega

Mynd8 tenta censurar vídeo deste jornalista (Ricardo Feltrin), mas a Justiça negou o pedido da empresa, que tem Preta Gil como sócia.

Empresa de marketing digital, a carioca Mynd8 ficou conhecida no país no ano passado com o triste caso da garota Jessica Canedo.

A garota tirou a própria vida aos 22 anos. Ela sofria de depressão e já havia tentado a mesma coisa outras vezes.

A Mynd8 pediu a retirada de vídeos do ar do canal @feltrinoficial no Youtube.

Entretanto, o juiz Guilherme Madeira Dezem, da 44ª Vara Cível, negou o pedido.

“A retirada de vídeo jornalístico do ar em caráter liminar é ato de força do Estado e que somente pode ser feito em situações excepcionais. Não é o caso dos autos. (…) Nego, pois, a liminar.

Juiz Guilherme Dezem, da 44ª Vara Cível

Juiz Guilherme Dezem, da 44ª Vara Cível

Advogado de defesa

Defensor deste jornalista no caso, o advogado e professor André Marsiglia, especialista em Lei da Imprensa, disse sobre a decisão do magistrado:

“Importante o judiciário ter explicitado na decisão que censura é inaceitável, e que faz parte do jogo democrático aceitar críticas jornalísticas e conviver com o contraditório”.

O advogado especialista em liberdade de imprensa André Marsiglia

O advogado especialista em liberdade de imprensa André Marsiglia

O caso Jessica

A jovem mineira se suicidou após dias sendo atacada por haters, oriundos de perfis de fofoca então parceiros da Mynd8.

Os perfis divulgaram falsas conversas entre Jessica e  Whindersson Nunes, o que irritou fãs do influencer. 

No final, a polícia concluiu que quem inventou as conversas foi a própria Jessica. 

Perfis de fofoca parceiros

Durante a cobertura do caso, os tais perfis de fofoca foram alvo de ataques, críticas e até de investigação.

Acabou sobrando para a Mynd8 porque acabou sendo exposto seu modus operandi com seus então parceiros fofoqueiros:

Eles monetizavam com a divulgação de fake news, de matérias alheias e sem qualquer checagem sobre o que publicavam.

Pior: todos republicam o que os demais parceiros publicavam.

Como esses perfis juntos tinham o alcance de mais de 60 milhões de pessoas, ficava claro que qualquer coisa que noticiassem –para o bem ou para o mal– iria viralizar.

Mynd8 tentou censurar

Sobrou para a empresa de marketing digital de Preta Gil, Fatima Pissarra e Marcus Buaiz, entre outros.

A imprensa passou a criticar a empresa por sua relação com esses perfis considerados “abutres”.

Quaisquer veículos ou jornalistas que citaram alguma relação entre a Mynd8 e a garota Jessica passaram a receber processinhos da empresa.

Eles tentaram censurar e obrigar a Revista Oeste, por exemplo, a retirar as matérias que citavam Jessica e a empresa.

E fizeram o mesmo em relação a mim e a outros jornalistas, numa clara intenção de censura.

Afinal, no meu caso, jamais os acusei de crime algum.

Apenas critiquei essa relação umbilical da Mynd8 com perfis sociais que divulgam fake news ou cancelam as pessoas por qualquer motivo.

A Mynd8 queria que eu retirasse do ar os vídeos que mencionam o caso Jessica e eles.

A Justiça disse não.

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