Publicidade – Governo vai dar R$ 206 milhões à Globo em publicidade federal até dezembro.
Essa é apenas uma estimativa feita por este site e canal, como ajuda de um especialista no do mercado de propaganda.
Dois fatores são levados na conta:
1 – A decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) reafirmada em 2020 em virtude de ações de Jair Bolsonaro (veja mais abaixo).
2 – O tamanho do Orçamento previsto pelo próprio governo: cerca de 700 milhões.
Gasto e ibope
O TCU determinou em 2020 que o dinheiro da propaganda federal tem que ser dirigida baseada na audiência dos veículos.
Ao menos na TV aberta, a Globo tem 33% do público ligado 24 horas por dia (é uma média, não são as mesmas pessoas que passam 24 horas no canal, por Deus).
33% são da Globo
Então o governo federal é praticamente “obrigado” a destinar um terço do que reservar para a TV para a Globo. Não há ilegalidade.
O problema é que ele também vai destinar parte da publicidade em canais pagos da Globo (que são outra tabela), nas rádios Globo (outra), no Globoplay (outra ainda) e no jornal (ufa).
O valor total pode superar muito mais que os R$ 206 milhões. Mas vamos ficar neste número.
R$ 206 milhões
Vamos deixar claro que o valor estimado de R$ 700 milhões (sendo R$ 206 milhões da globo) se refere única e exclusivamente aos gastos do Executivo (ministérios inclusos, claro)
No ano passado, o governo Lula deu cerca de R$ 145 milhões à Globo –cerca de 40% a menos do que em, 2024.
O motivo: quem deixou o orçamento para Lula cumprir no primeiro ano foi Bolsonaro.
E pode ser muito mais
Em maio, o Senado aprovou projeto mudando o limite de gastos com propaganda em anos eleitorais.
Ajudar as agências
A justificativa foi, grosso modo, ajudar as agências de propaganda.
O projeto foi aprovado por 38 a 29 senadores.
Bolsonaro gastou menos
Na história pós democracia, Bolsonaro foi o presidente que menos gastou em publicidade.
Em 2019, ele pegou o orçamento de Michel Temer (assim como Lula pegou o dele).
O gasto foi de R$ 534 milhões. Com a pandemia em 2020, porém, a fonte secou.
Ele só voltou a gastar em 2022, ano eleitoral: R$ 450 milhões.
Em 2020, ele foi advertido pelo TCU de que não poderia mais continuar gastando em publicidade apenas nas TVs abertas que o apoiavam.
Ele desistiu de fazer e cortou tudo para todo mundo em 2021.
Com “Agência Senado”
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