TVs abertas afundam sem rumo e sem dinheiro, sem falar que estão sem criatividade há pelo menos duas décadas.
Sem exceção, as cinco maiores emissoras comerciais do Brasil estão na maior encruzilhada que já enfrentaram, e cercadas por “inimigos” de todos os lados.
TVs abertas
- Os telespectadores estão indo embora, especialmente os de maior poder aquisitivo; “só pobre vê TV” é um chiste que já virou realidade;
- Falta dinheiro para investir e há centenas de milhões de reais em dívidas para pagar;
- Quase metade dos bilhões de reais que anunciantes colocavam nas TVs abertas 10 anos atrás hoje é colocado na internet;
- O Youtube e o streaming, de forma geral, já são consumidos por quase uma em cada quatro pessoas no país, na média 24 horas do dia.
TVs sem rumo
Quase todos os modelos que fizeram a TV brasileira virar paradigma ficaram ultrapassados e até bregas.
Novelas, séries, linha de shows e telejornalismo hoje na TV aberta são risíveis.
A “máquina” de dramaturgia da Globo emperrou. Seu maior investimento na história, o Globoplay, é ruim.
TVs sem dinheiro
Depois de quase 10 anos “a caminho da liderança”, a Record voltou aos boxes para trocar os pneus e nunca mais saiu de lá.
Também empacou na dramaturgia, com novelas bíblicas sem qualquer brilho. O fluxo de dinheiro da iGREJA Universal para a emissora caiu muito.
O SBT enfrenta uma situação paradoxal: a audiência está desmilinguindo, mas o caixa está gordo, após a venda da Jequiti.
No entanto, a aposta numa nova programação parece cada vez mais difícil de emplacar.
As pobrinhas
A Band está mergulhada em dívidas e, por mais que tenha boa vontade em resolver seus problemas, simplesmente não consegue. Seu futuro é incerto e temível.
Já a RedeTV virou uma locatária de espaços para programas religiosos. A emissora não tem condições de competir nem sequer com a Band, pois tem menos dinheiro ainda.
Há solução?
Sim, a TV 3.0 e a mudança na lei de radiodifusão e concessões de canais pode mudar a situação. Mas, se demorar muito, o paciente pode morrer.
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