Os chamados dramas de ação são um grande filão dentro do chamado cinema comercial, e “O Estrangeiro” faz parte dele.
Pancadaria, explosões e muitas reviravoltas são substâncias constantes na fórmula desse tipo de cinema. Se houver uma trama inteligente por trás, melhor ainda.
Um exemplo cultuado dentro dessa modalidade é a saga de Jason Bourne (Matt Damon), até o momento uma “quadrilogia” de filmes que eu classifico de câmera nervosa. Ou melhor, histérica.
(Nota: o bacana de ter o próprio site é que eu posso fazer essas introduções em qualquer texto; no jornalismo tradicional a gente não pode).
Então, se você gosta de um bom filme de ação, emocionante, ágil, maaaas com a câmera muito mais tranquila, então você tem de ver “O Estrangeiro”, em cartaz nos cinemas.
Nem li resenhas antes, sabia que era um filme sério, sem piadas, como tantos de Jackie Chan.
Fui dando crédito porque sempre gostei dele. Como ator, faz parte de minha vida de cinéfilo.
O que eu posso dizer? “O Estrangeiro” é um dos filmes mais bacanas que eu vi até agora neste mês de janeiro (cerca de 20 filmes).
Chan está ótimo no papel de Quan Ngoc Minh, um ex-soldado oriental tipo forças especiais que viu sua família ser massacrada pela guerra e pelo terrorismo.
Quando ele perde a última coisa preciosa que tinha na vida, parte para uma vingança que faz o cinema muitas vezes vibrar e rir.
Além disso, Jackie Chan, 63 anos, ainda é garantia de boas coreografias. Batendo ou apanhando.
EM BUSCA DE VINGANÇA
O personagem do ator, nascido em Hong Kong e especialista em artes marciais, sai numa caçada aos malfeitores.
Esses são liderados por um personagem dúbio também otimamente interpretado pelo ator Pierce Brosnan (o político irlandês Liam Hennessy).
O filme, claro, tem bastante liberdade em relação ao roteiro, mas o bacana é que nem tudo dá certo para o justiceiro herói. Ele também sofrerá bastante.
O filme trata de terrorismo, mas, pasmem: nada de Exército Islâmico, Al Qaeda ou afins…
Ele retorna aos primórdios das bombas sanguinárias do IRA, o exército republicano irlandês, contra o Reino Unido.
Apesar de dramático, “O Estrangeiro” não tem nada de ridículo ou de bobo. Mas é puro entretenimento, e brinca com o destino e também com traquitanas –à la McGyver– que Quan Ngoc Minh usará em sua jornada dolorosa de vingança solitária.
Se você gosta desse tipo de história de justiça pelas próprias mãos, devo dizer, nem vou me prolongar muito: eis aqui um filmão. Você vai gostar.
O que: “O Estrangeiro”
Onde: Em cartaz nos cinemas
Avaliação: Muito Bom ???
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Veja o trailer de “O Estrangeiro” (The Foreigner)