Duas mulheres que acusaram Marcius Melhem como assediador sexual em 2019 e 2020, tentaram dar uma espécie de “golpe de Estado” e assumir o departamento de Humor da emissora.
Essas mulheres (uma autora e uma atriz) tentaram assumir o comando do núcleo de Humor e exigiram que a Globo, dali em diante, desse programas ou quadros especiais a todas as vítimas de Melhem.
Elas fizeram essa exigência ao departamento de DAA (Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico) da Globo, que é um setor destinado a acompanhar e “cuidar” do que acontece interna e externamente com funcionários e funcionárias da dramaturgia.
Programas só para vítimas
Segundo as duas “golpistas”, o ex-diretor de Humor da Globo havia causado “traumas irreparáveis” em todas as atrizes e agora era imperativo que a empresa as protegesse e lhes desse espaço na programação.
Por espaço, entenda-se: elas exigiram criar uma espécie de “reserva feminina” na grade de programação.
Naquele momento, essas duas mulheres também passaram a agir como se fossem as novas executivas do departamento criado por Melhem, que se licenciou para tratar de assuntos pessoais.
Nos bastidores, elas não só festejavam o sucesso na derrubada do ex-diretor como faziam planos para a implantação de um “humor feminino” na casa. Tudo isso ocorreu entre março e setembro de 2020.
Apesar da pressão dessas duas mulheres, a TV Globo não aquiesceu e se recusou a criar essa “reserva de mercado” para as “vítimas” que elas queriam.
No entanto, as duas ganharam um “prêmio de consolação”: participariam do humorístico “Novo Normal”, de Antônio Prata. Só que o programa nem foi ao ar.
A esta altura do campeonato, a emissora já havia investigado o caso duas vezes, e concluído que a denúncia não se sustentava.
O DAA e, mais tarde, o “compliance” da emissora decidem arquivar o caso, como este colunista publicou com exclusividade em janeiro deste ano.
A golpista ressentida
Uma das “golpistas” que tenta tomar posse do núcleo de Humor foi autora da Globo a partir de 2015 e já foi demitida.
Ao lado de três outras atrizes, ela será uma das “arquitetas” da acusação conjunta de assédio sexual contra Melhem, feita entre o final de 2019 e 2020.
Essa acusação hoje está empacada no Ministério Público e na Polícia Civil no Rio.
No entanto, essa autora não entrou na ação como “vítima”, e sim como “testemunha de acusação”. Sua filha também testemunhou contra Melhem.
Mágoa da autora
Mas, por que essa autora tinha raiva de Melhem? Explico após a foto:
Tudo começa em 2019, quando estreou o quadro “Mulheres Fantásticas”, no Fantástico”.
Essa autora leva um livro a uma reunião e quer um “crédito especial” no programa (que seu nome saia com destaque nos letreiros).
Melhem não aceita porque o trabalho foi feito em equipe. Todas assinaram o trabalho (inclusive ela). Ele próprio, que também participou, não assina.
Até março de 2020, o “Mulheres Fantásticas” está com a assinatura de todas, mas sem o “crédito especial” dela.
Quando o ex-diretor sai de licença, essa autora vai à direção da emissora e diz que Melhem “roubou” o crédito especial dela.
Ele deixaria a Globo em setembro daquele ano, na esteira das denúncias.
No Globoplay, assinatura está lá
Hoje, o quadro está no Globoplay com a assinatura dela em destaque. Quando eventualmente esse quadro é exibido no “Fantástico”, o “crédito especial” também está lá.
Não por coincidência, mãe e filha são as melhores amigas da principal “golpista”: a famosa “atriz nº 2” do caso, aquela que acusou Melhem de pedir um boquete a ela dentro da Globo, segundo reportagem da “piauí”.
Nota: Mãe e filha foram demitidas da Globo., assim como as 8 supostas vítimas.
Nota 2: a mãe-autora foi responsável por trazer para o caso a advogada Mayra Cotta, que hoje defende as supostas vítimas do ex-diretor.
Quanto à atriz do “boquete” (também já demitida da Globo), ela namorou Melhem por mais de um ano e foi abandonada por ele na mesma época em que Dani Calabresa o acusou de assédio moral.
Ela foi uma das quatro que convenceram Dani Calabresa, 41 anos, a denunciá-lo também por assédio sexual (o que ela acaba fazendo).
Mas tarde, à polícia, ela dirá que tudo que fez e dizia se devia ao fato de ter um “bloqueio” e que “estava traumatizada” com o assédio e abuso que sofria.
A acusadora nº zero
Como o site Ooops publicou ontem com exclusividade, a terceira personagem na “peça inicial de acusação” contra Melhem pode ser chamada de o “marco zero” da denúncia.
Isso porque será em torno dela que as demais mulheres se reunirão para acusar o ex-diretor e ator de assédio sexual.
Essa mulher, a nº zero, é roteirista da dramaturgia da Globo e manteve um relacionamento extraconjugal e tórrido com Melhem por quase sete anos.
Também é enteada de outra personagem central da acusação: uma ex-humorista da Globo que integra o “grupo das 4 arquitetas” da denúncia.
A roteirista e ex-amante de Melhem é casada.
A Gravidez
Como este site Ooops relatou ontem com exclusividade, a roteirista se encontrava com o ex-diretor com tanta frequência que o marido passou a desconfiar de suas saídas constantes.
Ela sempre negava tudo e dizia que ele queria trabalhar com ela pessoalmente, ou que talvez até tivesse uma “quedinha” por ela, mas que jamais havia acontecido nada entre ambos.
Enquanto mantém a relação extraconjugal, ela engravida. E se desespera, pois não sabe quem é o pai: se o marido ou Melhem (não era ele)
No início da gestação, essa roteirista chega a enviar mensagens a Melhem insistindo para vê-lo, pois estava carente e com saudade.
O Uber
Mas, a roteirista cometeu um erro crasso. Durante suas idas e vindas para a casa do amante, seu carro quebra, e ela começa a visitá-lo usando o Uber.
Só que as notificações e recibos do aplicativo de viagens eram enviados para o e-mail do marido. Explode uma crise familiar. Ele então a confronta, ao lado da família.
Acuada, ela mente e diz que estava sendo assediada sexualmente por Marcius Melhem havia anos.
No entanto, se recusa a denunciá-lo e pede que ninguém, nem família e nem amigos, revele a história. Disse que estava tudo bem e que mudaria de setor para não encontrá-lo mais.
No fim, essa “denúncia” que ela faz apenas à família e a amigos servirá como “combustível” para que outras mulheres tramem a destruição da reputação e da carreira do ex-diretor.
Outro lado
Desde o início do caso, os escritórios de defesa de Dani Calabresa e outras sete mulheres têm se recusado a comentar o caso, pois corre em segredo de Justiça.
“A Defesa está focada no que realmente importa: as investigações de assédio (…). Nada justifica o assédio.”
Caso a Defesa das supostas vítimas queira se manifestar este site publicará a nota e atualizará o texto.
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