A atriz Dani Calabresa, que acusa Marcius Melhem de assédio sexual, enviou dois áudios a ele, dia em que foi anunciado que ele seria o novo diretor de Humor da Globo.
Os áudios esquecidos
Atenção: apesar de quase ninguém lembrar deles, esses dois áudios não são inéditos. Já foram publicados cerca de dois anos atrás. No entanto, desapareceram de alguns sites.
O dia 1º de outubro de 2018 é exatamente um ano depois em que Calabresa afirmaria à Globo e à polícia ter sido assediada e molestada sexualmente por Melhem numa festa do “Zorra”, no Rio.
Testemunhas e provas materiais negam isso, além de testemunhas presentes. Inclusive repetindo o que fez contra Melhem, se queixando que ele “dava em cima” dela.
Há outras mensagens dela criticando duramente a outros colegas, que podem ser mostradas em breve.
“Ciborguinho”
No entanto, como este jornalista já publicou com exclusividade em junho, mensagens trocadas entre ela e Melhem mostram o oposto: bastante intimidade, carinho e enorme admiração (ouça o áudio 2).
Ela também admite em mensagens ter mandado nudes a ele, sem que ele pedisse, e afirma ainda se lembrar de que trocaram beijos. Mas na polícia diz o contrário.
Nego o que escrevi no whats
Todos esses fatos da vida real, que aconteceram por anos, serão renegados por Calabresa no fim de 2019.
As “irmãzinhas”
No entanto, Calabresa passa a ser pressionada por outras mulheres da dramaturgia da Globo a acusá-lo também de assédio sexual.
Várias tinham motivos pessoais para isso, como este site publicou com exclusividade.
Outra que se diz vítima é Verônica Debom, atriz, que foi namorada dele por mais de um ano e “leva o fora” bem no momento em que Calabresa vai ao DAA acusá-lo de assédio sexual.
Em mensagens eróticas a ele, Debom chega a dizer: “O que você acha, amor? Eu me masturbo na sua cara. Essa sua cara de vibrador.”
Em outra, após ele ter rompido, lacrimeja: “Eu me apaixonei por você, e queria casar”.
Mas, após o fora, mais uma vez, tudo é renegado e ela se transforma na principal acusadora e “arregimentadora” outras mulheres, para que entrem na “causa”.
“Não nos procure mais”
Debom chega a ser denunciada por mulheres no “compliance” da Globo, por assédio e intimidação contra colegas.
E Calabresa?
Para se defender no processo que Melhem move contra ela por danos morais, Calabresa apresentou mensagens em que se queixa a amigos, tipo “Melhem está dando em cima de mim”.
O próprio Melhem, em depoimento, admite que possa ter sido “invasivo” ou incômodo, mas que jamais teve qualquer relação sem consentimento, seja com Calabresa ou com outras mulheres.
Golpe de Estado
Como o site Ooops também revelou, após conseguirem derrubar e demitir Melhem, as acusadoras tentaram dar um “golpe”: assumir o departamento de Humor da Globo.
Duas delas, Luciana Fregolente e Verônica Debom, vão ao DAA para reivindicar mais espaço na grade. Elas querem que a Globo lhes dê programas e projetos para “compensar” o sofrimento que Melhem lhes causou por anos.
A Globo rejeita a pressão. Todas serão demitidas pela Globo até 2022.