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Todos foram tóxicos no humor da Globo: Melhem, atrizes e TV

Como a Globo deixou um núcleo apodrecer

O ambiente na Globo é tóxico.” Tenho ouvido essa expressão de minhas fontes e outras pessoas com uma frequência incrível nos últimos dois anos e meio –desde que estou investigando o chamado Caso Calabresa-Melhem.

De tanto ouvir a frase, acabei compreendendo-a.

É isso mesmo. O ambiente da Globo é tóxico.

E foi ainda pior no passado. Foi assim por décadas, como publiquei recentemente a respeito da “era” em que predadores sexuais reinaram na dramaturgia da emissora.

Veja o programa com esta reportagem

Diretores que exigiam sexo de atores em troca de papéis; autores que assediavam jovens atrizes…

E mais: selecionadores de elenco que faziam chantagens sexuais para dar uma chance a novatos; assediadores praticantes do teste do sofá… tudo isso existiu sem nenhum controle da Globo, por muito tempo.

Maternidade Globo

Entretanto, se chegamos até esse ponto, a culpa é principalmente da Globo. Foi ali que o caso Melhem-Calabresa foi parido.

Essas coisas terríveis começaram a ser banidas da empresa somente em meados da década passada. Ou seja, demorou.

É verdade que todos os predadores conhecidos dentro e fora da emissora já foram demitidos.

E infelizmente jamais serão punidos.

Globo fertilizou suas dependências com biotóxicos
Globo fertilizou suas dependências com biotóxicos

Campo fértil e lascivo

No entanto, vamos repetir: a Globo deu trela. E como deu. Não deu bola ou atenção para sua própria toxicidade por décadas. Deu no que deu.

Os liberais juntos e misturados

Mas, voltando ao caso que está em evidência:

Embora Dani Calabresa e as outras sete mulheres estejam acusando Marcius Melhem de ser um “criminoso”, a verdade é que, pelo peso e medida que estão usando, elas são iguaizinhas.

Ou até piores no quesito “interesseirismo”.

Essas mulheres tentam convencer hoje o público que eram “pobres vítimas” nos bastidores de uma empresa, fingindo que estavam num jogo de sedução que não queriam estar.

Algumas das sofridas moradoras da zona sul carioca
Algumas das sofridas moradoras da zona sul carioca

Quando diziam sim, era não. Quando jogavam charme e flertes, eram “obrigadas” a isso.
Quando transavam, ou pediam lingeries, ou mandavam e mostravam nudes, era porque estavam interpretando.

Quando o convidavam para viajar como casal para um chalezinho na praia, na verdade estavam “rezando” para que ele não aceitasse.

Quando faziam declarações de amor, paixão e admiração; quando diziam que estavam apaixonadas e queriam casar com ele, era tudo fingimento.

Que ridículo. Que patético

Essas mulheres ora auto proclamadas vítimas usaram, abusaram, se lambuzaram e se aproveitaram desse ambiente tóxico por anos. Em benefício próprio e de suas carreiras. Por oportunismo, arrivismo e busca por vantagens profissionais.

Nas centenas de mensagens, áudios e vídeos trocados entre elas e Melhem, o que se vê são pessoas que misturam suas vidas sexuais com o trabalho.

Constituição proíbe que empresas proíbam relacionamentos entre chefes e subalternos (as)
Constituição proíbe que empresas proíbam relacionamentos entre chefes e subalternos (as)

Todos e todas erraram

Como já disse neste site e em meu canal de YouTube, apesar de a Constituição Federal e a Globo deixarem claro que o relacionamento entre chefes e subordinadas (os) é permitido, os próprios profissionais deveriam evitar isso.

Claro que isso é ainda mais complicado dentro de um núcleo de dramaturgia, ainda mais sendo de humor e com muitos contatos físicos na tela e fora dela.

E ainda mais quando uma empresa foi tão permissiva e leniente como a Globo

Era tudo consentido ali, está mais que evidente. Ninguém estava forçando ninguém a viver naquela terra de promiscuidade. era só se dedicar à carreira e agir com profissionalismo dentro e fora do ambiente de trabalho.

Mas, continuo com a opinião de que chefes não deveriam se relacionar nem emocional e muito menos sexualmente com subordinadas (os). Nada de bom pode sair disso.

E também que subordinadas jamais deveriam buscar intimidade ou se relacionar com chefes. Muito menos passar anos bajulando-os, seja com sinceridade ou falsidade.

Tóxico e inflamável

O ambiente da Globo era tóxico, sim. Marcius Melhem era tóxico, sim. E TODAS as acusadoras dele também eram ou foram tóxicas, SIM.

Analisando o tempo entre as acusações que essas mulheres fazem contra Melhem, notem:

Elas tiveram DEZ ANOS para acusá-lo de qualquer assédio ou importunação ou atitude nociva.

Elas tinham o RH da Globo, o DAA da Globo, o compliance da Globo e a direção de dramaturgia da Globo.

Tinham inclusive umas às outras.

Melhem dá entrevista a Cabrini; e Cabrini é atacado por entrevistá-lo; é espantoso
Melhem dá entrevista a Cabrini; e Cabrini é atacado por entrevistá-lo; é espantoso

Mas, não é curioso que jamais tenham trocado mensagens entre si, ao menos para provar, hoje, que estavam sendo incomodadas ou sendo vítimas de Melhem ou de qualquer outro no passado?

Não fizeram nada. Por quê?

Porque estavam fazendo EXATAMENTE o mesmo que ele: sendo tóxicas, num ambiente tóxico, num núcleo tóxico, e que acabou resultando em um escândalo anos depois.

A diferença é que agora elas decidiram esconder e fugir da responsabilidade de seus atos, e fingir que eram as pobres coitadas sem chance de erguer a voz.

Calabresa, a pobre "mocinha" do caso
Calabresa, a pobre “mocinha” do caso

“Deixa ele me cantar, deixa ele me chamar de gostosa. Pra mim era uma vantagem”, confessou Calabresa à Justiça, n o processo que Melhem move contra ela por danos morais.

Está na cara e nas mensagens trocadas por anos entre ela e o chefe: não existia assédio nenhum; o que existia era uma mulher que não hesitava em retribuir charminhos e buscar intimidade com o chefe, com a única finalidade de se dar bem na Globo.

E as suas “companheiras” de acusação fizeram o mesmo. Foram iguaizinhas.

O pior é que, de forma covarde, correram se esconder na luta ingrata e justa de outras mulheres que realmente sofreram e sofrem assédio.

O que se vê pelos depoimentos que essas senhoras fizeram à polícia e à Justiça, elas estão interpretando um novo papel: o das santinhas do pau oco, no “Vai que Cola”.