Quer mais conteúdo?
Minhas redes

O caso Melhem: Uma carta aberta às Feministas

Feminismo respira, luta e é forte

Carta para todas as feministas com senso de justiça

Imagino que já deva ter alguma neste momento falando: “Ah, pronto, chegou o macho pra falar de feminismo.”

Bom, é isso mesmo. No vídeo, em meu canal, conto minha história em ambiente misógino e machista.

Me tornei um feminista sem saber o nome disso

Cresci em uma família violenta, machista e totalmente disfuncional. Vivi assédios, abusos e desrespeito, e muita violência psicológica. Vi agressões com sangue dentro de casa.

Mas, paradoxalmente, só porque vivi isso é que estou hoje aqui.

Veja o vídeo com este artigo

Foram séculos para as mulheres pudessem erguer a voz e lutar contra esse massacre que um gênero impôs ao outro.

Sei perfeitamente como esse movimento deu coragem a milhões de mulheres, de todas as profissões, em todo tipo de trabalho, para que denunciassem a violência que estão submetidas.

Infelizmente ser humano é ser humano, e não anjo: sempre haverá aqueles e aquelas que se apropriam ou se escondem sobre o abrigo de uma causa nobre para seus interesses pessoais e inconfessáveis.

Rose Marie Muraro (1930-2014)
Rose Marie Muraro (1930-2014)

O feminismo ao lado da Justiça

Sobre o caso Melhem, tenho ficado feliz e positivamente perplexo a cada mensagem que recebo de uma feminista, uma militante do feminismo, uma lutadora, uma mulher me escrevendo para dizer:

“Eu quero a verdade, não a narrativa. Eu quero provas, e não mentiras. Você as apresentou.”

Quando eu reativei este canal, em dezembro, eu tinha 65% de público masculino e 35% de feminino. Hoje são 53% de mulheres e 47% de homens.

E não estão me xingando, não , estão aqui dando apoio, mandando mensagens de carinho, de alento.

Mulheres se aproximando

Esse apoio não surgiu do dia para a noite.

Foi lento, progressivo. A cada prova que eu trazia e exibia, cada vez mais mulheres se tornavam conscientes que, assim como eu, também haviam sido enganadas.

A cada mentira que essas acusadoras contaram, inclusive diante da Justiça, mais mulheres se indignaram, se arrependeram de apoiá-las (como eu), e muitas estão aqui neste momento assistindo a este vídeo.

Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Chiquinha Gonzaga (1847-1935)

Mulheres da minha vida

Não posso nunca deixar de lembrar como as mulheres foram os seres centrais na minha vida, na minha profissão; as mulheres que chefiei, as que me chefiaram.

Por dez anos como chefe da Folha.com, eu fui cercado de mulheres acima e abaixo de mim. Em alguns momentos destes 10 anos, quase 70% da redação eram mulheres. Minhas editoras eram mulheres. MInhas editoras-adjuntas, minha diretora.

Eu sempre preferi trabalhar com vocês: são mais focadas, mais dedicadas, menos insidiosas… Sem falar no texto, que é melhor (sorry, homens jornalistas, mas é verdade; palavra de editor 😂).

Gente tóxica é inevitável

Infelizmente, todo movimento, mesmo os mais nobres, têm seus radicais, extremistas e totalitários. Gente agressiva e tóxica.

Que quer impor sua vontade e opinião aos outros.

Essas mulheres não são feministas. A meu ver, são fanáticas da seita que criaram, e na qual se consideram seres superiores e incorruptíveis.

Bertha Lutz (1894 - 1976)
Bertha Lutz (1894 – 1976)

Palavra maior que a prova? Não!

Como no caso Melhem-Calabresa, quando defendem que nenhuma prova material tenha mais valor que a palavra delas, elas atravessam a fronteira da insanidade, dao totalitarismo, da irracionalidade e agem como zumbis.

Já disse isso uma vez: elas agem exatamente da forma, com o mesmo modus operandi, que ridicularizaram por quatro anos os bolsonaristas.

Em muitos casos, elas são ainda mais violentas que qualquer um deles.

Palavra errada

Eu ontem usei uma palavra que nenhuma de vocês, feministas conscientes, deveria ouvir.

Peço desculpas, eu a cortei do vídeo.

Nenhuma de vocês, as Feministas com “f” maiúsculo, merece ouvir essa palavra, muito menos de mim.

Só que este canal é espontâneo e humilde. Vocês estão vendo aqui. Faço tudo de uma vez, sem cortes.

Então eventualmente poderei cometer erros. Mas quero sempre repará-los.

Assim como cometi com o Marcius Melhem.

Celina Guimarães Viana (1890 - 1972)
Celina Guimarães Viana (1890 – 1972)

Ervas daninhas

Vocês mesmas sabem que o que estas mulheres estão fazendo prejudicará sempre o movimento de vocês.

Inclusive já estão afastando homens que querem apoiar a causa verdadeira e justa. É agressão demais.
.
É essa militância extremista que está fazendo de tudo nos bastidores do poder, da polícia, do Ministério Público (principalmente) e da Justiça para que Marcius Melhem seja transformado em réu sem direito a defesa.

Apesar dos movimentos reptícios ( e desonestos ) que estão sendo feitos diariamente, eu ainda acredito na Justiça e nas instituições.

Uma instituição dentro da União, como o Ministério Público, ou a polícia, ou a Justiça, não podem militar por causas.

Precisam militar pela verdade.

Lélia Gonzales (1935 - 1994)
Lélia Gonzales (1935 – 1994)

E essa mídia que está aí, diariamente está sendo cúmplice desse massacre contra um humano, um pai, um profissional.

Mídia na qual, nem mesmo mostrando todas as provas e mentiras das algozes de Melhem, continua sendo calado pelos veículos de comunicação.

Graças a Deus, neste caso, não me misturei com isso.

No entanto, isso vai ser assunto para um próximo vídeo.

Obrigado a todas feministas: atrizes, advogadas, líderes de ONGs, jornalistas, delegadas, promotoras, amigas, ex-namoradas, e até anônimas que têm se aproximado para dar palavras de apoio ao canal, que sempre estão todos os dias me mandando uma bolinha de oxigênio para continuar neste mar de lama que se tornou o massacre contra Marcius Melhem.

Marielle Franco (1979 – 2018)

Canal de Ricardo Feltrin no Youtube

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *