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Exclusivo: Crise do varejo derruba merchans na TV aberta

Crise nos merchans da TV

A crise que atinge o setor brasileiro de varejo já atingiu as TVs abertas brasileiras.

Basta assistir a aqueles programas que no passado eram considerados “os campeões de merchandising” da TV, como Catia Fonseca (Band), Sonia Abrão (RedeTV) e Ratinho (SBT), entre outros.

Houve tempo em que, apenas com as inserções, uma emissora conseguia pagar não só os custos do programa como ainda ter lucro.

Entretanto, esses tempos de bovinos roliços acabaram para TVs e apresentadores, que sempre ganham uma porcentagem de cada “merchan” que fazem.

Sonia Abrão, ex-rainha dos "merchans"
Sonia Abrão, ex-rainha dos “merchans”

Ex-rainhas

Sonia Abrão, por exemplo, outrora chamada de “rainha dos merchans” já chegou a fazer quase 20 inserções no “A Tarde é Sua”. Hoje, quando chega a oito ou dez já está ótimo.

Cátia Fonseca também perdeu muitos anunciantes na Band e foi vítima dos efeitos da pandemia.

Há alguns dias, chegou a ter apenas uma inserção própria no programa.

Um dos problemas é que, anunciar com ela, é mais caro que com outras apresentadoras.

O mesmo vale para a TV Gazeta, outra campeã de “merchans” em sua grade matinal, vespertina e noturna.

Tipos de merchan

No entanto, na Gazeta, a situação é até melhor que nas outras, dado o enorme espaço que se dá para os anúncios. Mas, mesmo ali, mas o impacto já foi sentido.

Em média, um programa tem dois tipos de merchandisings:

1) aquelas entradas das moças das marcas atrás de uma casinha, que passam de um a três minutos falando sobre os incríveis benefícios de suas produtos para a humanidade (R$ 500 por aparição);

  2) Quando a própria apresentadora fala sobre a marca e o produto. Esses são os chamados “testemunhais”, e são bem mais caros que as “moças das marcas” (até R$ 800 por chamada)
Regina Volpato: 4 horas de programa de segunda  sexta
Regina Volpato: 4 horas de programa de segunda sexta

Crise veio para ficar

Tudo isso não é culpa dos apresentadores e nem das TVs. É culpa da bancarrota que atinge o comércio desde 2020, com a pandemia.

Afinal, mais de 130 mil empresas fecharam desde março daquele ano.

Boa parte das empresas que anunciam nos programas fechou as portas. Seus donos faliram e nunca mais se reergueram.

A crise tende a se agravar, ainda mais com o que está acontecendo com Lojas Americanas (rombo), Magalu (desvalorização) e Via Varejo (estagnação e falta de modernização).

Conheça o Canal de Ricardo Feltrin no YouTube

2 respostas

  1. Feltrin, na verdade a economia brasileira vem andando pra trás desde 2014 e até hoje não se recuperou totalmente ou voltou aos níveis de 2013.A pandemia ajudou a cavar ainda mais o poço em que as empresas ( e a maior parte da cadeia produtiva) está enfiada desde aqueles tempos.
    Sobre os merchans, se eles sumiram da TV aberta, estão a todo o vapor nos intervalos das TVs pagas, que na minha opinião, não deveriam ter (tanta) propaganda, já que vivem (ou deveriam ) viver do dinheiro das assinaturas. Empresas como a Top Therm, Nutriessência, Vitae Gold, entre outras do gênero deveriam ser fiscalizadas e até fechadas, pois seus “suplementos” prometem curar absurdas de tudo quanto é doença (faltando, por enquanto, o câncer e a AIDS). Cadê a ANVISA e a ANATEL nessas horas?
    A Aracy da Top Therm hj é uma bela senhora, imagina quando era mais nova, o sucesso que fazia com homens e mulheres hein?
    P.S: A empresa que tinha o slogan “vamos falar de coisa boa”, era a Tekpix, que vendia aquelas câmeras digitais portáteis, que eu nem sei se existem ainda!!!

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