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A verdade por trás de demissão de Boninho

A verdade por trás de demissão de Boninho

A verdade por trás da demissão de Boninho inclui vários fatores que vão muito além de seu salário nababesco.

José Bonifácio Brasil de Oliveira, 62 anos, passou os últimos 40 na Globo, emissora  praticamente construída por seu pai.

Justamente por isso, pouco teve de galgar nos cargos executivos, ao contrário de outros funcionários.

Começou como assistente de direção do “Video Show” em 1982 e, pouco mais de um ano depois, já pulou para diretor geral do “Clip Clip”, onde ficou até 1989.

Nesse mesmo ano já assumiu o cargo de diretor do “Domingão do Faustão” e, desde então, nunca mais perdeu esse cargo –o de diretor–, dentro do grupo Globo.

A verdade por trás

Então temos a verdade pela frente, e a verdade oculta: Boninho foi favorecido e beneficiado pelo fato de o pai ser manda-chuva na Globo. Ponto.

Afinal, sejamos francos, em que empresa/TV do mundo uma pessoa sem qualquer experiência no setor, com 25 anos se tornaria diretor e passaria a receber um salário de 6 dígitos?

Só mesmo no mundo da fantasia e do nepotismo da Globo.

A demissão 

Pode-se questionar o porquê de Boninho ter durado tanto tempo na emissora, após a saída de seu pai.

Provavelmente, o sucesso que o BBB fez, a partir de 2002, lhe garantiu essa longa sobrevida.

O reality se tornou o maior fenômeno da TV aberta de todos os tempos, e ele montou na garupa desse sucesso.

Hoje, porém, o programa está em franca decadência. E a verdade é que Boninho nunca esteve por trás da criação de nenhuma atração de sucesso na Globo.

Quando fez algo autoral, não emplacou. Somente este ano, por exemplo, amargou dois fracassos retumbantes: o Carnaval patético recheado de influencers ocos; e o “Estrela da Casa”, um BBB musical tão desafinado quanto uma gralha.

Salário irreal

Some-se a isso, como fator da demissão, o salário estimado em R$ 1 milhão mensais, MAIS participações em merchans do BBB.

Somente no BBB, estima-se que Boninho recebesse mais R$ 3 milhões, além dos salários.

Tudo isso é uma utopia que não existe mais no mundo empresarial e muito menos no da TV aberta decadente.

Anotem isso: provavelmente algum jornalista bajulador vai escrever “Ainnn a saída de Boninho representa o fim de uma era na TV brasileira”.

Sim, a era do poder do nepotismo, do “paitrocínio”, da grosseria extrema com jornalistas, da indelicadeza com funcionários e da prepotência inexplicável de quem nunca fez nada de relevante em seu setor.

Mas deitou e rolou no sucesso alheio.

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7 respostas

  1. Carregou nas costas o fato de ser filho do homem que estabeleceu o critério de qualidade absoluta de uma emissora de televisão. Por outro lado há que se reconhecer sua competência e qualidade profissional também indiscutível !

    1. Permita-me discordar, mas quando você passa por cima de toda a hierarquia de uma empresa com 22 anos de idade, e com 24 já é diretor executivo, além de seu pai ser o chefão dessa empresa, tudo fica mais fácil. Não há nenhuma meritocracia nisso. Nem talento. É muito fácil você ser diretor de uma programa de sucesso mundial, como o BBB, do que criar algo autoral e agradar ao público. E isso, convenhamos, ele nunca conseguiu. A propósito, o senhor está me devendo uma live 😀

  2. Pode até ser nepotismo mas o sujeito participou de grandes sucessos da TV. Agora, a globo não é mais a mesma. Acabaram os privilégios, os altos salários e o Boninho dançou. Fim.

  3. O nepotismo traz desconforto social tirando a oportunidade de verdadeiros criadores de conteúdo com capacidade competência e muitas vezes ultrapassa o ridículo onde e bons costumes e a ética são lançadas no lixo em em detrimento de ética e bons costumes já foi tarde.

  4. A reverência ao Boni se deve ao seu talento em reunir na TV Globo o que havia de melhor no rádio e na televisão brasileira, tanto em programação como em profissionais, e ter viabilizado financeiramente a empreitada com a formação da rede nacional. O padrão das novelas foi o da Tupi, o da linha de shows veio da Excelsior, os noticiários e programas de humor eram o que de melhor havia no rádio com a vantagem do ganho proporcionado pela imagem. Para completar a programação, o melhor da televisão norte-americana, os famosos enlatados (desenhos, filmes, seriados). O maior mérito, no entanto, foi ter incentivado a transformação dos intervalos comerciais em uma extensão da boa programação oferecida, o que prendia o telespectador na frente da tevê prestigiando o anunciante, ao contrário do que vemos hoje no streaming, que usa os anúncios para chatear o cliente e “obrigá-lo” a assinar o pacote sem anúncios. Sem “entregar” bons resultados aos anunciantes, a tv aberta, a tv por assinatura e o streaming não conseguirão sobreviver, mesmo que tenham boa audiência.

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