Mayra Cotta, a indefectível advogada de Dani Calabresa e outras seis mulheres que acusaram Marcius Melhem de assédio, agiu para intimidar a primeira promotora do caso, Janaína Marques Corrêa Melo.
Janaína foi a promotora que acompanhou todo o início do caso e a única que interrogou tanto Marcius Melhem como suas acusadoras.
Ela estava no caso desde 2021. A promotora também foi primeira a ter acesso às mensagens, áudios e vídeos.
Mas o problema da promotora, que mora no Rio, começou em outro lugar: São Paulo.
Derrota de Calabresa
Em agosto do ano passado, a Justiça em São Paulo liberou que Marcius Melhem revelasse mensagens trocadas com suas algozes ao longo dos anos.
Até então, por requerimento de Mayra Cotta e da própria Calabresa, ele estava proibido de mostrar as mensagens, de ir à Globo ou ter contato com seus funcionários.
Por fim, outro desejo da advogada foi atendido: para humilhação de Melhem, seu passaporte foi tomado, como se ele quisesse fugir do país.
Eram as tais “cautelares” que o acusado era obrigado a obedecer sob pena de prisão sumária.
Segue o fio
Após a decisão em São Paulo, porém, a defesa de Melhem pediu à promotoria (Janaína) que a decisão da Justiça em São Paulo fosse acolhida também nas investigações do Rio.
Ou seja, que ele pudesse mostrar todas as mensagens de quem o estava acusando publicamente.
Embasada com tudo que já havia visto, ouvido e lido dos dois lados, ela acata o pedido e o remete à juiza do caso, Tula Correa de Mello. A juíza acata.
A ira de Taubaté
Quando isso acontece, Mayra Cotta primeiro reage enviando à juíza do caso, Tula Correa de Mello, uma petição para que as cautelares não fossem derrubadas.
Queria que Melhem continuasse calado enquanto ela escalava as colinas da fama na mídia, com o apoio explícito de algumas jornalistas militantes.
Nota-se na argumentação da advogada que seu grande pavor são as mensagens trocadas entre suas clientes e o terrível “predador sexual” da Globo.
Contrariada
Como a juíza lhe diz não, a inconformada advogada de Calabresa e suas asseclas vai ao Núcleo de Apoio às Vítimas, um organismo do Ministério Público Federal do Rio, e literalmente denuncia a promotora também.
Aliás, chega a ofendê-la, de certa forma.
No item 16 da petição de Mayra Cotta e sócias Cristiane Battaglia, Beatriz Dias Rizzo e Davi Tangerino escrevem o seguinte:
“Revogar as cautelares em razão do pedido feito pelas vítimas para serem ouvidas, portanto, não é apenas chancelar práticas criminosas e abusivas (já cometidas pelo investigado e que, segundo prometido por ele próprio, novamente o serão), mas puni-las por pretenderem exercer um direito seu.”, diz o documento assinado em 4 de maio de 2022.
Conivente
Resumindo: diz que a promotora Janaína “chancelou” práticas criminosas e abusivas. Foi conivente com um criminoso.
O objetivo de Cotta é óbvio: prejudicar a imagem e intimidar a promotora. E ela consegue as duas coisas.
O Núcleo de Violência, também na surdina começa a acompanhar o caso. A defesa de Melhem não é avisada de nada disso.
Enquanto as acusadoras se mancomunavam com o Núcleo , os advogados de Melhem ficavam de fora.
O que por si só é mais um absurdo neste caso vindo da acusação (veja mais abaixo)
A intimidada
Mas, voltemos ao assunto: A verdade é que a promotora, aparentemente, acaba se intimidando mesmo.
Ela deixa o caso no dia 31 de agosto porque fora promovida dentro do MP.
Mas, o surpreendente é que ela deixa o caso no EXATO dia em que a então delegada que investigava tudo envia seu relatório –sem denunciar Melhem e sem torná-lo réu.
Mas a promotora caiu fora, No dia seguinte, Janaína Marques Corrêa Melo passou de uma promotoria para outra no Rio.
Parece muito, mas ela apenas trocou de sala no MESMO ANADAR do MP no Rio.
Fugiu do caso
Ela poderia simplesmente ter levado consigo o processo e o finalizado.
Afinal, era a promotora natural do caso e única a ter tido acesso a todos os autos e provas. A única a ter interrogado Marcius Melhem (por cinco horas).
Mas, Janaina não faz isso. Fica com medo da advogada de Calabresa, vai embora e deixa tudo para a próxima promotora.
Que, aliás, também não ficará nem três meses no posto até ser substituída.
A coisa piora
Acontece que o destino faria com que a promotora Janaína Marques Corrêa Mello voltasse ao caso, ainda que provisoriamente, no mês passado.
Ela não deveria ficar muito tempo, mas isso provavelmente desencadeou o alarme no escritório de Cotta e seu séquito de “assediadas”.
O que acontece?
Ela e seu padrinho, Kakay, agem na escuridão das investigações e convencem o procurador-geral do Rio, Luciano Mattos, a nomear imediatamente uma nova promotora do caso.
Aliás, uma promotora absolutamente estranha ao caso e à região em que as investigações estão acontecendo há dois anos, sem que Melhem tenha sido até hoje indiciado.
A saber: Isabela Jourdan.
Mas isso não é nem metade da novela envolvendo aquela que hoje é chamada jocosamente na internet de “advogada das assediadas de Taubaté”.
TUDO EM SEGREDO
Entenderam?
Ou seja: Não foi só a nomeação forçada de uma nova promotora estranha ao caso na investigação (Isabela Jourdan).
Mayra Cotta e sua turba já estavam agindo para manipular as investigações sobre Melhem desde o ano passado.
Pois quando uma autoridade teve isenção e fez seu papel (Janaína), e isso contrariou a advogada Cotta, ela não hesitou em tentar demoli-la.
Vamos continuar no próximo vídeo: O lado nada oculto de Mayra Cotta.
Outro lado
A advogada Mayra Cotta foi procurada ontem (14) por escrito por este site e canal. Ela não respondeu.
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