Até whisky pula fora da “lacração”: a Brown-Forman, holding da empresa que produz o Jack Daniels –o mais famoso whisky do mundo, deu mais uma chuveirada de água fria na militância “woke”.
O documento enviado aos funcionários e ao mercado informa que a companhia está pulando fora do chamado protocolo DEI (diversidade, equidade e inclusão).
“Woke” vem da contração da palavra inglesa “awake”, que significa acordado.
O movimento “woke” surgiu em meados do século 19, nos EUA, com o objetivo de acabar com as escravidão naquele país (veja mais abaixo).
Pulou fora da lacração
Outras mega corporações como John Deere, Tractor Supply, Harley-Davidson e Marvel já anunciaram o fim do apoio a essa política.
A Brown-Forman, que produz o Jack Daniels, anunciou:
“Com essas novas dinâmicas em jogo (no mundo), precisamos ajustar nosso trabalho para garantir que continue a gerar resultados comerciais”, disse.
Em outras palavras: a empresa existe para dar lucro aos acionistas e essa é a essência do capitalismo.
Perderam a mão
Depois do fim da escravidão, nos EUA (1863) o “wokismo” ficou adormecido até a década passada.
Num prazo de três anos (2017-2020), dois fenômenos “acordaram” novos defensores:
1 – O movimento #MeToo, quando mulheres se ergueram contra o assédio sexual e a cultura patriarcal;
2 – O assassinato de George Floyd, um negro, em 2020, por um policial branco, em Minneapolis, EUA.
A partir daí foi iniciado uma ofensiva por mais inclusão no mundo, e o combate ostensivo ao racismo e à misoginia.
O problema é que essa política parece ter perdido a mão.
Ditadura das minorias
Ao invadir as empresas, uma parte considerável dos deportamentos de “wokers” se tornou quase uma ditadura.
Passaram a acontecer casos de pressão agressiva para preenchimento de vagas e até de compra de fornecedores caracterizados como minorias.
Houve exemplos de empresas canceladas –inclusive no Brasil– por não terem cotas de negros em seus quadros.
Agora, as companhias estão pulando fora, porque acham que a agressividade desses grupos se tornou um fardo e causa prejuízo.
A demissão desses departamentos já é uma realidade.
No Brasil, esse movimento ganhou o nome de “lacração”.
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