Desde o ano passado surgiram rumores de que William Bonner, o âncora e editor-chefe do Jornal Nacional vai pendurar as chuteiras e deixar a Globo.
Segundo este site e canal apuraram, quem começou a espalhar essa história foi alguém dentro do Palácio do Planalto no ano passado, ainda sob a gestão Bolsonaro.
Conspiração do zap
A “fofoca” completa dizia que, se Bolsonaro ganhasse, ele seria OBRIGADO a se aposentar ou então a Globo sofreria ainda mais retaliações do governo.
Como sempre, a “informação” se espalhou por grupos de Zap bolsonaristas, que passaram a enaltecer o “capitão” que enfrentava a “Globolixo”.
Maluquice não faltou
Outro rumor (maluco) era que Bolsonaro havia feito um acordo com a Globo, vejam só: ele renovaria a concessão da emissora en troca da cabeça de Bonner.
Bem, Bolsonaro fez sua parte: renovou a concessão da Globo no ano passado, pouco antes de deixar a cadeira presidencial.
Em julho de 2020, este jornalista que vos escreve publicou um vídeo no UOL explicando didaticamente porque o ex-presidente odiava tanto a Globo.
“Cachorrinho”
Mas, na visão de Bolsonaro e de seu entorno, Bonner era considerado o “porta-voz” do anti bolsonarismo da família Marinho.
Inclusive era chamado de “cachorrinho” no Planalto. Para o então chamado “gabinete do ódio”, o âncora “abanava o rabo” para a família Marinho.
Perseguido pela Receita
O ódio era tanto que Bonner foi o primeiro dos globais a ser autuado pela Receita Federal, que lhe aplicou uma autuação que, estima-se, chegou a R$ 20 milhões, entre multas e correções.
Ele foi autuado acusado de sonegação de imposto em conluio com a Globo. O motivo de sempre: o fato de ser PJ significava sonegação, manobra para pagar menos imposto de renda.
Em nota enviada à época a este jornalista, o âncora e editor-chefe do JN confirmou a autuação, disse que não concordava, porém que já havia pago o valor (que ele não revelou) e que estava recorrendo para receber de volta.
Em março, a “Folha de S.Paulo” revelou com exclusividade que os dados de Bonner foram acessados e vazados criminosamente dentro da Receita.
Além de autuado, perseguido.
A propósito, Bonner já é aposentado há quase 10 anos.
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