Quer mais conteúdo?
Minhas redes

Breve história do feminismo e do femismo – ep. 2

Breve história do feminismo e do femismo - ep. 2

Breve história do feminismo e do femismo – ep. 2 – Neste segundo ensaio, vou tentar resenhar as origens do movimento “femista”, que hoje tem enorme poder político e judicial no Brasil.

Embora nem de longe represente a maioria das feministas, é um movimento que praticamente comanda a pauta no Brasil: é misândrico, radical, extremista e politicamente agressivo.

O que muitas pessoas talvez não saibam é que ele não é tão recente. Remonta aos anos 70/80.

A origem

Ele começa com teses, ensaios, palestras ou panfletos de um grupo de norte-americanas lésbicas, que deram ao seu núcleo o nome de “feminismo lésbico”.

Quase todas essas pensadoras exalam menosprezo pelos homens. 

Algumas chegaram a defender o extermínio do gênero masculino.

Mas não é bom generalizar.

Muitas feministas lésbicas se tornaram verdadeiras líderes e pensadoras que ajudaram, de certa forma, mulheres do mundo todo, e de todos os gêneros.

Um ser exemplar nesse meio foi Charlotte Bunch (veja mais abaixo).

A origem do “femismo”

Mary Daly (1928-2010) e Andrea Dworkin (1946-2005) são as bases desse movimento. Eram radicais e com pensamentos agressivos.

Lendo alguns de seus textos, parecem pregar nuito mais a inferioridade masculina do que as próprias virtudes de seu gênero.

Outra radical, Valerie Solanas, escreveu: “O homem é uma mulher incompleta, um aborto ambulante, abortado no estágio de gene”.

E também: 

“Ser homem é ser deficiente, emocionalmente limitado; ser homem é uma doença, e os machos são aleijados emocionais.”

Como toda autoritária, ela também quer mandar nas mulheres e ataca com virulência a indústria pornográfica e a prostituição.

Essa bandeira é um eterno “racha” no movimento.

Monique Wittig: “o lesbianismo não é só o amor entre mulheres, mas uma ação política

Ativistas de respeito

Charlotte Bunch é uma grande “filósofa” e praticante de um feminismo atuante, idealista e prático, ao mesmo tempo.

Apesar de também ter posições radicais, fez muito pelos direitos humanos de toda a sociedade norte-americana.

Foi uma das forças que fez o mundo e a ONU reconhecerem que os graves problemas das mulheres eram uma questão de Direitos Humanos.

As mãos de Bunch também estão por trás da criação do Dia Internacional da Mulher (1977).

Lesbianismo político

A escritora Rita Mae Brown é outro exemplo de máquina produtiva de ideias e conhecimento.

Já Monique Wittig foi além, na questão da vida material das mulheres lésbicas: ela defende que o lesbianismo não precisa ser só o amor entre as mulheres.

Ele precisa ser também uma expressão e ação política.

Essas mulheres não aceitavam o status quo do gênero da sociedade, e nem mesmo o das feministas da Segunda Onda.

Porém, as sementes do “femismo” já estava plantadas dentro do movimento feminista em si.

Lei Maria da Penha

O feminismo voltará ao centro do palco nos anos 2000, com o parto complicado da Lei Maria da Penha (2006).

Porém, curiosamente, essa lei só vai começar realmente a se tornar onipresente na sociedade nos últimos 7 anos, na esteira do movimento “Me Too”.

Porém, desde sua concepção, visivelmente a lei estava (e está) cheia de falhas e inconstitucionalidades.

O problema é que ninguém (leia-se congressitas) deve ter prestado atenção. Ou não quis prestar.

As falhas da lei ficaram evidentes nos últimos 4 anos, com uma onda de falsas acusações contra homens, acusados de violência doméstica, assédio e estupro.

Todos sabem:

Esse fenômeno acaba tendo um efeito perverso, pois prejudica as vítimas reais, cujos relatos passam a ser alvo de dúvidas de autoridades e de parte da sociedade.

Mee To: o grito das mulheres contra a violência, que demorou quase 200 mil anos para surgir

Mee To: o grito das mulheres contra a violência, que demorou quase 200 mil anos para surgir

Problemas na lei

Passou batido que, dentro da lei 11.340/2006, estavam as principais “bandeiras” do radical movimento “femista” lá dos anos 70.

A lei também inclui artigos que consagram o menosprezo e a inferioridade do gênero masculino.

Nas linhas da lei constam, de forma subliminar, a subjugação policial e judiciária dos homens.

Vingança

A lei que foi criada como proteção às mulheres violentadas todos os dias se tornou uma ferramenta na mão de mulheres rancorosas e maléficas

A lei virou também um “estímulo” à destruição da honra e da vida de inocentes, com o apoio de autoridades, que dificilmente punem as mentirosas.

A chance de um inocente de ser inocentado depois de acusado pela Lei Maria da Penha é minúscula.

Lei que estimula o crime?

Hoje há mais falsas acusações de mulheres brancas, classe média do que negras na periferia.

Meio óbvio: a mulher pobre tem muito mais chance de perder a vida se fizer isso, uma vez que não há nenhum dispositivo de proteção a elas na sociedade.

São pouquíssimas casas ou organismos de acolhimento a essas moradoras de favelas e das periferias.

E nenhum conta com proteção policial armada, algo fundamental para proteção delas dos psicopatas de quem fugiram.

Não é mais exceção

Só agora os números das denunciações caluniosas começam a aparecer aos poucos.

Apenas uma delegacia da Lapa (São Paulo), em fevereiro deste ano, registrou 3 falsas acusações de passageiras contra motoristas de aplicativos.

Vejam: SÓ contra motoristas de aplicativos.

Os três se salvaram porque gravaram em vídeo e áudio suas viagens.

Recentemente (agosto de 2024), o Ministério da Mulher divulgou qe há 500 mil medidas protetivas por ano no Brasil.

Só esqueceu (intencionalmente) de dizer quantas centenas de milhares são falsas acusações.

A reação começou

Juízes do interior de São Paulo já falam abertamente em encontros de magistrados que estão perplexos e indignados com o volume de falsas acusações de mulheres.

Mulheres advogadas, muitas que de fato sofreram assédio ou violência, também se revoltam com o abuso covarde das falsas denúncias.

Elas passam a se especializar em direito dos homens. E agora são atacadas com virulência nas redes sociais como “defensoras de machos tóxicos”.

Atacadas, inclusive, por outras advogadas. o que fere o próprio significado e razão de ser da advocacia. Nesse caso, temos a oportuna omissão da OAB.

Estado misândrico

Nas redes sociais, a misandria virou epidemia de forma descarada e impune. As mulheres se “tornaram” seres superiores aos homens, no grito e no escrito da lei.

Atropelaram a Constituição, os Códigos Penal e Civil, além da civilidade.

Não existe mais luta por igualdade, e sim por subjugação dos homens heterossexuais, especificamente. 

Como numa seita, as seguidoras das “femistas” lésbicas dos anos 80 têm apoio de milhões de mulheres héteros rancorosas e odientas.

Onde estão as femistas

O que é mais surpreendente é que ninguém conhece muito bem as lideranças ou pensadoras “femistas” brasileiras hoje.

Aliás, nem feministas. Basta uma busca para notar que o grandes nomes do feminismo brasileiro ainda são mulheres do século passado.

Como os roteiristas, no entanto, as “femistas” permanecem nas sombras do teatro político. Mas decidem muita coisa.

Entram e saem com destreza em gabinetes de qualquer ideologia. Seus projetos de lei e artigos também proliferam nos dois lados.

É o único tema que direita e esquerda dão as mãos e se amam.

Próximo conteúdo: A Quinta onda chegou.

LEIA MAIS:

Uma breve história do feminismo e do femismo

Valeria Solanas: Uma quase psicopata que virou "ícone" na era "femista" nos anos 80

Valeria Solanas: O olhar diz muito