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Caso Melhem: quem são as 3 acusadoras deixadas para trás

Carol Portes, Georgeana Góes e Maithê Lima (abaixo, na foto)

Assim como na série de 40 livros “Left Behind” (Deixados Para Trás), algumas pessoas desaparecem num momento apocalíptico na Terra.

Desaparecem sem deixar vestígios, exceto as roupas e objetos artificiais.

É o tal “arrebatamento”, uma tese criada no século 19 por um pastor anglicano norte-americano, John Darby.

Foi escrita por Tim LaHaye e Jerry Jenkins, vendeu mais de 80 milhões de livros e rendeu filmes.

Só falta o “arrebatamento”

É mais ou menos isso que acaba de acontecer com três das 8 acusadoras de Marcius Melhem.

As três mulheres cujas denúncias foram aceitas pela promotora Isabela Jourdan (incluída na investigação na base da “canetada”), que o transformou em réu.

As verdadeiras perpetradoras da denúncia, se “arrebataram”: Dani Calabresa e Verônica Debom, além de Renata Ricci, Debora Lamm e Suzy Pires (primeira a deixar a acusação, na qual foi colocada indevidamente).

São elas

Ana Carolina Barros Portes, a Carol Portes

Maria Thereza Cruz Lima, a Maithê

Georgiana Coutinho de  Góes – a Gio

Essas três mulheres terão de provar diante de um juiz do Tribunal de Justiça do Rio que foram, de fato, assediadas sexualmente por Melhem.

Reconstruindo a “narrativa”

Na polícia e no Ministério Público, em dois anos de depoimentos, elas mudaram suas versões, escreveram suas acusações e tentaram justificar as centenas de mensagens carinhosas que trocaram com Melhem durante anos.

Saiba um pouco mais da vida de cada uma:

Carol Portes

Natural do Rio, fez curso de teatro em Laranjeiras. Tem 43 anos e rabalha como atriz há 21 anos.

Até acusar Melhem, seus únicos trabalhos com certa relevância foram montagens como “As Bruxas de Salém” e “Rita Lee Mora ao Lado”.

Trabalhou na série “traço de ibope “ Adorável Psicose, no Multishow, e na temporada 2021 de “Malhação”.

Com Melhem, trabalhou no “Tá no Ar”, mas em todos os casos teve papéis coadjuvantes.

Ganhou duas vezes prêmios de Melhor Atriz em festivais menores, como o Curta Santos (2009), e o Curta Neblina (2013).

Seu único papel em novelas lhe foi dado no ano passado, em “Cara e Coragem”, na pele de Dalva, a dona de um brechó.

Só obteve o papel por pressão interna na Globo, após a denúncia feita contra Melhem.

Aparentemente, ganhou o papel como “compensação” pelo seu “sofrimento” com ele.

Isso aconteceu com outras acusadoras, que receberam benefícios sob a mesma alegação.

Duas delas, Veronica Debom e Luciana Fregolente, chegaram a tentar dar um “golpe” e assumir o núcleo de Humor no lugar de Melhem.

Todas acabaram demitidas pela Globo. Calabresa, no entanto, continua trabalhando “por obra” e participando de quadros de programas.

Georgiana Góes

Outra carioca da zona sul (como boa parte das acusadoras), estudou teatro na Unirio, tem 46 anos, fez Tablado e dança. 

É Irmã de Micaela Góes, obviamente uma das apoiadoras das chamadas “Assediadas de Taubaté”.

Georgiana ainda é conhecida por seu único papel de destaque na TV, o “Confissões de Adolescente”, sucesso de Daniel Filho.

Fez cerca de 20 trabalhos na Globo, entre eles o “Tá no Ar”, com Melhem, e o “Zorra”, idem.

Tem cerca de 10 filmes, mas todos também em papéis adjacentes. 

Apesar desse currículo, afirma que foi Marcius Melhem quem prejudicou sua carreira.

Carinho antes, inferno depois

“Olha aí, quem veio em sonho hoje foi você, numa abraço longo e quente. O jogo está virando? Te amo, parabéns por hoje, aproveite muito seu dia”.

“Amado meu, só para agradecer as palavras de ontem, tava precisando mesmo de uma orientação e foi ótimo você acalmar minha ansiedade. Obrigado pra sempre, te amo”.

Maithê Lima

Outra acusadora da zona sul do Rio. Fez cinema na Puc-Rio e está na Globo há nove anos.

Hoje é editora de Imagens do Jornalismo, mas também editou a novela “Cara e Coragem”.

É a menos “espetaculosa” das acusadoras de Melhem e se revoltou quando a Veja divulgou seu nome, ao lado das demais “assediadas”.

Mesmo assim, pediu a repórteres que estão na cobertura do caso Melhem não divulgarem seu nome, no que foi atendida.

Diz que Melhem “fazia promessas de levá-la para a dramaturgia (algo que ela queria), e assim “forçava intimidade”.

Disse que ele “tirava proveito” e forçava situações como convidá-la para almoços. As duas vezes que almoçaram foi no “bandejão” da Globo.

“Sonhei com você hoje, segunda vez, sintomas de saudade, espero que você consiga ter paz de espírito neste momento (27/12/19, acusado de assédio moral por Calabresa).

Maithê Lima, editora de imagens da Globo e acusadora de Melhem