Chegou nesta quinta-feira aos cinemas a comédia dramática e nonsense “Colossal”, produzida e estrelada por Anne Hathaway, e dirigida por Nacho Vigalongo.
Encerrado o filme, a sensação na sala é de espanto. Ou atordoamento. Na verdade é realmente difícil de entender (e explicar).
Se este colunista pudesse fazer uma lista dos “top 5” filmes mais sem pé nem cabeça de todos os tempos (nota: vi de 300 a 400 filmes por ano nos cinemas nos últimos 15 anos), “Colossal” certamente estaria listado.
MONSTRENGO NA COREIA DO SUL
Vamos à premissa: Gloria (Hathaway) é uma alcólatra que mora com o namorado bem sucedido e está desempregada há meses. Expulsa da alcova, vai se refugiar em sua cidade natal, interiorana, provinciana e onde deixou um velho amigo.
Enquanto isso ela descobre que um monstro que está atacando a cidade de Seul, 25 anos depois de sua primeira aparição, repete todos os gestos que ela faz num parquinho na cidade onde se refugiou.
Parece bobo e realmente é, mas não deixa de ter graça o fato de que todos os personagens de “Colossal” terem caráter e atitudes dúbias.
No fim você não sabe se é uma paródia, uma ironia, uma metáfora sobre abuso (de pessoas e de álcool), ou simplesmente um roteiro tresloucado destinado apenas a divertir. Aliás, já é curioso que dessa vez o monstro horroroso, em vez de destruir Tóquio, esteja atacando Seul.
Seria uma mensagem subliminar ao que pode ocorrer com o líder norte-coreano Kim Jong-Un e? Naaaah, nada disso.
Embora seja uma comédia, o filme é um festival de bebedeiras, atitudes mesquinhas e ressentimentos.
Na verdade, parece até um capricho de Hathaway, que talvez tenha amado o roteiro, vai saber?
Nesse caso vale ficar com essa opção, já que não é um filme decepcionante e arranca algumas risadas do público.
Ok, risadas talvez seja um exagero, então vá lá: uns sorrisinhos marotos.
Filme: “Colossal”
Onde: Em cartaz nos cinemas
Avaliação: Razoável?