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Crítica de Cinema: Diretor faz lenda de Rei Arthur virar caótico filme de ação

Além de ser conhecido como ex-marido de Madonna, o diretor Guy Ritchie tem uma carreira estável e respeitada no cinema. Já fez coisas boas como “Snatch: Porcos e Diamantes”, “Revolver”, RocknRola” e, em menor grau, “Sherlock Holmes”.

O britânico tem bom domínio não só de técnicas de filmagem, mas também de edição e acabou desenvolvendo uma assinatura muito pessoal em termos de linguagem cinematográfica. Dir-se-ia que é um bom diretor de filmes de ação.

Foi essa “assinatura” que ele leva para “Rei Arthur”, que entrou esta semana em cartaz nos cinemas do país. Ao contrário dos filmes citados anteriormente, esse é um que eu não recomendaria.

O diretor (ou estúdio) optou em contar a história sob sua velha fórmula de “flashbacks”, com idas e vindas, voz em off explicando os pontos obscuros, e os próprios personagens “contando” o passado de forma mais ou menos linear.

LENDA MAL RESOLVIDA NA TELA

Dito isso, no caso de uma lenda como Rei Arthur, a fórmula definitivamente não funciona.

O filme chega a ser caótico em alguns momentos e até mesmo indigesto. Não há sangue, não há cabeças cortadas, é tudo muito asseado suficientemente para ser  permitido para a classificação etária do filme, que é de 14 anos.

Mesmo assim não vale a pena, a despeito de atuações muito razoáveis (como a de Jude Law) e de belas tomadas e sequências.

Poderia elogiar também a fotografia, mas boa parte dela é absolutamente “fake”, como se fosse uma foto com defeitos escondidos por photoshop –o que tira muito do encanto.

Nem mesmo a trilha sonora autoral agrada.

Se a técnica de Ritchie agrada e cai como uma luva em “RocknRolla”, por exemplo, neste suposto épico –ou que deveria ser um épico– ela fica totalmente deslocada. E cansativa.

Se gosta de cinema de verdade, não precisa gastar seu dinheiro nisso.

Filme – “Rei Arthur”

Onde – Nos cinemas

Classificação – 14 anos

Avaliação – Ruim

Veja o trailer:

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