Em cartaz nos cinemas, “Um Homem de Família” traz Gerard Butler na pele de um workaholic ensimesmado que só pensa em crescer profissionalmente e faturar.
Infelizmente a profissão do personagem, um head hunter, é quase incompreensível para um país cheio de desempregados como o Brasil.
Ouvir Dane Jensen, o personagem de Butler, brigando para convencer pessoas a mudar de emprego e ganhar mais soa quase como a mais absurda das ficções científicas.
Jensen tem uma esposa carinhosa, sexy (embora ele a ache “careta” sexualmente) filhos queridos e fofos e é muito bem sucedido profissionalmente. Ao ponto de se auto proclamar “um verdadeiro herói americano”.
ARRIVISMO DESMEDIDO
Na verdade tudo que Jensen sonha é ficar no lugar do chefe, Willen Dafoe (Ed Blackridge), que é basicamente um capitalista degenerado que só quer saber de exigir superação de metas dos subalternos e aproveitar a fortuna que tem –inclusive com uma “dançarina brasileira de US$ 5.000” com quem ele está farreando.
Enquanto ele se envolve numa disputa arrivista dentro do escritório uma reviravolta vai transtornar sua vida e suas prioridades.
Sim, “Um Homem de Família” é um filme sobre moral, com uma mensagem e que mexe com sentimentos primários, curiosamente, assim como seu predecessor homônimo de 2000, com Nicolas Cage.
Mas é uma boa história, bem amarrada (com exceção de um ou outro clichê) e com muito boas atuações, inclusive a do próprio Butler e de sua esposa, interpretada pela talentosa e lindíssima atriz Gretchen Mol (Boardwalk Empire, entre outros trabalhos).
“Um Homem de Família” é um filme para ver e refletir, e certamente pode um dia passar na “Sessão da Tarde” da Globo (com os devidos cortes de texto, claro).
Mas se quiser ver agora, ele não desmerecerá o valor do ingresso.
Filme: “Um Homem de Família”
Classificação: 12 anos
Avaliação – Razoável ?
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