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David Bowie: Filmes e livros para conhecer um gênio

David Bowie morreu há seis anos e meio, mas seu legado artístico sobreviverá a tantas gerações quanto às dos maiores compositores da história.

Fãs, adoradores ou pessoas que sabem pouco de sua vida têm vários conteúdos à disposição neste exato momento.

Documentário

Nos cinemas, agora (28/09/22), é possível assistir “Moonage Daydream”, um documentário definitivo e que consegue traduzir e mostrar as diversas vidas desse cantor, compositor, músico, ator e superdotado (segundo testemunhas, nos dois sentidos).

Cena do filme "Moonage Daydream", biografia de David Bowie
Cena do filme “Moonage Daydream”, biografia de David Bowie

Com 2h20, o filme do diretor Brett Morgan percorre mais de 50 anos na vida e carreira de David Robert Jones, seu nome natal.

O diretor Morgan traz cenas inéditas, gravações raras de performances e depoimentos de quem esteve à volta do artista por décadas.

O tempo todo há um toque de humor sarcástico, que, por sinal, era uma marca dele, David Bowie.

Outros filmes

Além de documentários, quem quiser saber mais sobre ele tem à disposição filmes em que ele estrelou ou participou como coadjuvante, compilados de letras e canções etc..

Entre os filmes, três muito bons são “O Homem que Caiu na Terra” (1976); “Labirinto da Magia” (1986); e “O Grande Truque” (2006), onde interpreta outro gênio, só que de Exatas: Nikolas Tesla.

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Rei Midas

Como foi sempre “midas” das artes, Bowie inovou em praticamente tudo que tocou. A saber:

  • Na música, com melodias e harmonias improváveis, pois quase nenhuma de suas músicas tem uma construção óbvia; há canções lindas, dançantes, jazz, alguma coisa que lembra a bossa, rock, pop, baladas; um verdadeiro acervo;
  • No cinema, ele sempre procurou e mergulhou em personagens fora do clichê, todos longe do “bom-mocismo” e todos de caracterização difícil;
  • No teatro, pela inovadora criação de um personagem próprio, um alter-ego ou seja lá que nome possamos dar a Ziggy Stardust, além do uso da teatralização nos shows;

“IPO” das próprias músicas

E não é que David Bowie inovou até na economia?

Aconteceu quando ele fez uma espécie de “IPO” de suas músicas na Bolsa de Londres, na década de 1990.

Ele vendeu a pessoas comuns, investidores, uma parte dos direitos e royalties futuros de suas músicas gravadas antes de 1990.

No dia do “IPO”, levantou US$ 55 milhões (hoje seriam cerca de U$ 100 milhões).

As ações foram chamadas de “Bowie Bonds” e eram como um “status” para os compradores. Mais tarde ele se arrependeria de ter feito isso.

E os investidores também, já que o resultado foi uma porcaria.

Foto de David Bowie nos anos 80
Foto de David Bowie nos anos 80

Em janeiro deste ano, os herdeiros (as) de Bowie anunciaram a venda de todo seu catálogo de músicas para a gravadora Warner.

A multinacional pagou US$ 250 milhões (mais de R$ 1 bilhão) pelo inventário.

Livros

Além disso, das biografias que há no mercado brasileiro, pelo menos três obras apresentam um raio-X bastante completo sobre esse londrino nascido em 1947.

Uma delas é a escrita por Marc Spitz, um biógrafo profissional norte-americano. Ele tem no currículo uma série de biografias de Mick Jagger.

“Bowie – A Biografia” (ed. Benvirá, 2010), 448 págs. pode ser encontrada novinha ou em “sebos” virtuais por um preço bem módico, de até R$ 20.

Outro livro essencial da lista é “David Bowie – A Construção de Ziggy Stardust”, de Simon Goddard (editora Belas Letras, 2022), 384 págs.

Esse livro mostra o processo de (des) construção do personagem que seria uma personalidade à parte do artista –tanto em palcos como na vida cotidiana.

Capa da biografia de Bowie, escrita por Wendy Leigh
Capa da biografia de Bowie, escrita por Wendy Leigh

Porém, na opinião do site Ooops, a melhor de todas é “Bowie – A Biografia” da londrina Wendy Leigh, lançada cerca de cinco meses após a morte do ícone, em 2016.

O livro de Leigh (ed. BestSeller, 321 páginas), é um dos únicos que acompanha o artista do começo até sua morte.

Sexo, drogas e sexo

Além disso, o livro escancara como o sexo era uma pedra fundamental da personalidade, tão poderosa quanto a cocaína lhe foi por décadas.

Se fosse definir pelo livro, Bowie seria, sei lá, um “polissexual”, ou coisa que o valha.

E, o que é melhor, ele tinha ZERO CULPA na vida.

Difícil lembrar artista pop que fosse mais bem resolvido em todos os sentidos, exceto o financeiro.

Sim, nesse setor ele foi cabeção no começo.

Como outras dezenas de estrelas do rock, Bowie foi mais roubado que uma galinha por raposa. Mas, no futuro, dominaria tudo sobre sua carreira.

Tadinha :´)

Um dos trechos mais tristemente divertidos dessa obra é quando uma certa amiga de Bowie conta a uma outra amiga que ele, em breve, estará nos EUA para apresentações e performances.

Estamos falando do início da década de 80.

Ao ouvir a notícia, essa mulher, uma loura com mais de 60 anos, bastante influente e rica (não lembro se é na Califórnia ?), fica tão excitada que implora à amiga para que lhe apresente Bowie quando ele chegar –o que aconteceria apenas no ano seguinte.

Pois, por quase um ano, relata Leigh, a mulher começa a se submeter a uma série de procedimentos cirúrgicos e estéticos, inclusive íntimos.

Fez plásticas, intervenções e os tratamentos mais avançados da década.

Enfim, um ano depois, lá está Bowie sentado numa sala com sua amiga e a amiga de sua amiga.

A senhora então se dirige a ele, num tom de queixa, mas já pecaminoso:

“Você não sabe o que eu fiz para estar aqui com você.”

Ao que Bowie responde:

“Não precisava, querida. Só gosto de mulheres negras e homens asiáticos.”

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Trailer legendado de “Moonage Dream”, sobre David Bowie

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