Em 13/09/2022, a imprensa brasileira noticiou que Whelliton Silva, vereador na Praia Grande (SP) e ex-jogador do Flamengo e Santos, estava sendo acusado de estupro.
Foi um enorme escândalo. A acusadora era Letícia Albuquerque, uma jovem garota na faixa dos 23 anos, que havia conhecido Wellington num churrasco.
Letícia se aproximou da mulher do ex-jogador, Janaina Ballaris, advogada e que concorreu à prefeitura da cidade praiana. Ela se ofereceu para ajudar Janaína em sua carreira e passou a elogiá-la nas redes sociais.
Em janeiro de 2022, Letícia começou a fazer pedidos a Ballaris, como por exemplo que pagasse uma pós-graduação para ela.
Janaina Ballaris a recebeu em casa, e ela começou a passar os finais de semana com o casal, que a tratava como a uma filha.
Meses depois, acusaria Whelliton e a própria Janaína de estupro.
Letícia começou a espalhar que tinha um caso com Whelliton, e que seria nomeada para um cargo no gabinete dele de vereador.
Em maio, Letícia fica sabendo que, definitivamente, não será nomeada. O casal começa a desconfiar das atitudes dela.
Em 14 de junho decide fazer um B.O. contra o vereador, acusando-o de estupro que, segundo ela, teria ocorrido 72 dias antes.
Entre o falso estupro e o B.O. ela continuou a trocar mensagens normais com o casal.
Apedrejamento
Whelliton passa a ser alvo de um linchamento público. Seu mandato fica ameaçado (ainda está, aliás).
Mais tarde, a mulher de Whelliton, Janaína, consegue gravar o pai da acusadora; ele admite que a filha estaria sendo ancada por alguém que não gosta do ex-jogador e vereador.
A menina foi usada”, afirma o pai, Sebastião, em trecho da ligação telefônica com Janaína.
O casal acusou Letícia de denunciação caluniosa, mas o pedido foi arquivado. O casal agora pediu o desarquivamento, mas ainda não houve a decisão.
O motivo do arquivamento foi que a família de Letícia “interditou” como sendo incapaz.
“(Ela) teve problemas emocionais, foi inclusive internada durante um surto”, afirma Sebastião em outro trecho. “Está passando por uma situação delicada”, complementou o pai e curador.
Agora ela é “doente”
A família de Letícia ainda consegue “interditá-la” sob alegação de ter problemas psiquiátricos.
Isso é feito para que ela não possa ser responsabilizada pelo crime.
Em outubro do ano passado, a Justiça arquivou o caso.
O casal então pediu uma reabertura de ação por denunciação caluniosa. Eles a acusam Letícia de duas calúnias e 97 difamações.
O casal então pediu uma reabertura de ação por denunciação caluniosa.
OUTRO LADO
Procurada,
Procurada, Leticia Albuquerque indicou um advogado que, por sua vez, não quis comentar o caso. Para o doutor Paulo Nakano, o fato de o inquérito ter sido arquivado não impede que o crime tenha acontecido.
De forma geral, é o mesmo argumento que as acusadoras de Marcius Melhem tentaram fazer quando a carta da Globo inocentando ele do crime de assédio após “minuciosas” investigações, não o inocenta. Apenas não o culpa.
É simplesmente patético.