Um surto de sífilis está atingindo em cheio a indústria de filmes pornográficos em São Paulo. O caso fez com que (algumas) produtoras redobrassem os cuidados e os exames.
Em apenas uma clínica, cinco casos foram identificados nos últimos 20 dias.
O problema é que ninguém sabe ao certo o número de casos, pois não há dados de outros Estados e clínicas.
Paciente zero
O surto foi descoberto após quatro atrizes de uma produtora estrangeira de filmes pornô terem se contaminado. O “paciente” zero do caso, segundo este site apurou, é um ator dessa produtora.
Um outro ator e produtor brasileiro, que iria contratar as atrizes (e tem o hábito de fazer hemogramas completos), descobriu que elas estavam contaminadas.
O que é sífilis
A sífilis é uma doença altamente contagiosa, que pode ser transmitida sexualmente (vaginal, oral ou anal sem proteção) e se disseminar por agulhas compartilhadas.
É causada pela bactéria Treponema Pallidum. Ela pode levar vários anos e até décadas para se manifestar.
A sífilis, se não for tratada, pode provocar ulcerações e caroços pelo corpo, e faz o infectado ter uma série de sintomas, como dores lancinantes no corpo.
A doença também pode causar problemas neurológicos graves. No caso de grávidas, ela pode ser transmitida ou até matar o feto.
Apesar da gravidade, seu tratamento é relativamente simples, rápido e curável com antibióticos.
Pela lei, elas devem fazer um tratamento que pode durar até 90 dias.
Antes, o HIV
Este não é o primeiro surto de doenças sexualmente transmissíveis no mundo pornô.
O elenco de todas as produtoras nacionais que exportam filmes não usa camisinha. As exceções no Brasil são a Brasileirinhas e a Sexy Hot.
Ambas não só submetem todos atores e atrizes a testes periódicos (hemograma completo), como ainda exigem o uso de preservativo.