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Exclusivo: Terceira atriz desiste de acusar Marcius Melhem

Mais uma pula fora do barco da acusação

Muitos de vocês provavelmente nunca ouviram falar da atriz Karina Dohme. Apesar disso, ela já fez quase 30 papéis diferentes na Globo, entre 1998 e 2021, quando foi dispensada.

Da Beth Pimentel do seriado “Sandy & Jr.” a Carina de Malhação; de repórter do “Domingão do Faustão” a Isis, de “Viver a Vida”; ou Helga, de “Totalmente Demais”.

O problema é que, desses 30 papéis, uns 18 foram apenas participações rápidas em episódios, ou apenas em 1 temporada.

O relacionamento entre Karina e Melhem era, assim como as demais atrizes que o acusam ou testemunham contra ele, de carinho, intimidade e MUITOS pedidos de ajuda profissional, além de declarações afetuosas.

Também houve flertes esporádicos, como mostram, mais uma vez, mensagens que os dois trocaram ao longo dos anos.

Veja esta reportagem em vídeo

Zé Mayer

No dia 31 de março de 2017, uma sexta-feira, explodiu o caso Zé Mayer na Globo: ele fora acusado de assediar uma figurinista.

No mesmo dia, no Instagram de Karina há um desabafo: diz que estava cansada de sofrer assédio na Globo, e que várias vezes saiu da Globo “chorando” (qualquer semelhança com as demais acusadoras não deve ser coincidência).

Porém, na semana seguinte continua mandando mensagens a Melhem, dizendo: Tenho saudades; queria muito te ver; a gente precisa se encontrar etc. etc.

Então, pode-se deduzir que, se alguma vez ela saiu chorando da emissora, certamente não deve ter sido por causa dele, a quem ela não parava de demonstrar afeição e intimidade.

Dani Calabresa, a origem de tudo
Dani Calabresa, a origem de tudo

Compliance

No entanto, quando Dani Calabresa vai ao “compliance” da Globo, no início de 2020, Karina Dohme é a primeira a ir corroborar a “super amiga” e também acusar Melhem.

Do que ela o acusou? Da mesmíssima coisa que as demais hoje apelidadas na internet de “As assediadas de Taubaté”:

Que foi assediada, o rejeitou e teve sua “promissora” carreira prejudicada; que só depois que Calabresa o denunciou é que ela “percebeu” que também havia sido uma vítima daquele chefe atroz; que fingia.

E que pipipi popopó.

Karina NÃO É uma das 7 mulheres que acusam Melhem, mas uma das testemunhas. No entanto era tratada como um “trunfo” pela advogada Mayra Cotta, que defende as “assediadas”.

Ministério Público

Segundo uma fonte deste jornalista, atriz que já foi muito próxima a Karina Dohme (e que não acredita e não entende porque ela testemunhou contra Melhem), as atitudes da ex amiga entregam tudo.

Depois do compliance da Globo, afirma essa também atriz, Karina é convocada a depois no Ministério Público do Trabalho.

Porém, quando o caso vira caso de polícia na Delegacia da Mulher e no Ministério Público do Rio, Karina pula fora do barco.

Diz que não quer acusar Melhem. Entretanto, acaba convencida a pelo menos testemunhar contra ele.

Ela não foi depor jamais na polícia, mas seu depoimento no MPT foi parar lá.

O dia da entrevista "chapa branca" do Metrópoles (imagem da entrevista)
O dia da entrevista “chapa branca” do Metrópoles

As assediadas do Metrópoles

No último dia 24 de março, o site Metrópoles publicou aquilo que deveria ser a “virada de mesa” das acusadoras.

Afinal, havia dois anos que elas estavam sendo expostas por este colunista e a Veja Online.

A revista foi 1ª a revelar o nome de todas as envolvidas na acusação).

“Mulheres que acusam o humorista de assédio quebram o silêncio”, publicou o site em reportagem de seu colunista Guilherme Amado.

A reportagem, a princípio, parecia mesmo ter mudado o “jogo” de volta para as acusadoras.

A entrevista foi, na verdade, um palco para que elas pudessem atacar o ator e humorista por horas.

Então o nome de Karina Dohme voltou a circular.

A linda Taubaté não merece essa gente (mapa de Taubaté na imagem)
A linda Taubaté não merece essa gente

“Taubaté” vai a Brasília

Karina se empolgou com a repercussão da entrevista chapa-branca do Metrópoles e se reaproximou das amigas.

Aparentemente decidiu voltar ao palco e engrossar o coro das acusadoras contra Melhem.

Tanto que, 12 dias após a matéria do Metrópoles, em 5 de abril, Karina é uma das mulheres que posam sorridentes e orgulhosas ao lado da primeira-dama Janja (primeira à esquerda , de amarelo, na foto ao final deste texto).

Elas haviam levado a Brasília a proposta do tal “Marco Contra o Assédio”.

Estavam empolgadas. Todas desfilaram desenvoltas por Brasília, e chamadas de “as vítimas de Melhem”.

Foram recebidas no Ministério da Mulheres, na Câmara dos Deputados e no Conselho Nacional do Ministério Público.

Estavam se sentindo por cima da carne seca. Tiveram o périplo coberto com atenção e espaço por (quem mais?) Guilherme Amado e Juliana Dal Piva (UOL).

Tinham um Melhem no caminho

O problema é que cinco dias depois, 10 de abril, Marcius Melhem abriu seu canal no YouTube com as respostas que o Metrópoles não o deixou falar e nem ouviu.

Em um longo vídeo inicial, ele demoliu acusação por acusação das mulheres e testemunhas que foram falar ao Metrópoles.

Melhem mostrou provas materiais, áudios, mensagens e fatos, sendo que alguns já vinham sendo antecipados por este jornalista desde meados do ano passado.

Canal de Melhem no Youtube virou o jogo de vez (imagem do canal dele no Youtube)
Canal de Melhem no Youtube virou o jogo de vez

Opinião pública virou

A série de vídeos de Melhem é tão crível para as pessoas comuns, e tão devastadora para as acusadoras, que a opinião pública vira novamente de forma espetacular e definitiva.

Acontece um “tsunami” de posts e mensagens acusando as atrizes e testemunhas de mentirosas.

Ninguém mais acredita nelas.

A reação da opinião pública contra elas e contra o Metrópoles é tão avassaladora que o site é obrigado a fechar comentários em suas matérias sobre o caso.

Desespero

As acusadoras também. São obrigadas a deletar milhares de comentários negativos; algumas fecham o perfil; outras suspendem ou restringem a postagem.

É nesse momento que elas ganham o epíteto de “As Assediadas de Taubaté”.

Carol Portes de Taubaté
Carol Portes de Taubaté

Carol Portes

Em 20 de abril, o UOL publica uma entrevista com outra acusadora, Carol Portes. Era a última tentativa delas virarem o jogo novamente.

Portes passa a entrevista toda ciciando, fala trêmula, chorosa. Acusa Melhem de tê-la “imprensado numa parede” depois de sair de toalha do flat da Globo onde eles estavam.

Se pensavam que o jogo havia virado, elas levaram outro susto.

O público voltou a massacrar não apenas Carol, mas a repórter, o UOL e as demais acusadoras, por tabela.

Além disso a matéria do UOL foi construída sobre uma informação absolutamente errada a respeito do quão Portes foi prejudicada por Melhem.

Ela era mais uma que teve a carreira de sucesso interrompida pelo assediador. A “prova” era o número de cenas que ela havia aparecido em temporadas de seriados na Globo.

Estava tudo errado. A correção tem duas linhas ao pé desta reportagem do UOL.

Karina Dohme (foto)
Karina Dohme

Voltemos a Karina

Quando percebe o massacre que as “colegas” estavam sofrendo nas redes sociais, Karina Dohme volta a desaparecer.

Ela deveria depor pessoalmente na Deam e no MP do Rio, mas não vai. A carta que a convocava volta devido a, supostamente, ter sido enviada a um endereço errado.

Ela também deveria depor novamente no Ministério Público do Trabalho, que está investigando se a Globo agiu e acolheu denúncias de assédio sexual e moral nos últimos cinco anos (Melhem não é acusado).

No entanto, Karina Dohme, 38 anos, natural de Americana (interior de SP), desistiu de depor, aparentemente, de uma vez por todas.

Este jornalista apurou junto a pessoas a par do que está acontecendo no MPT que Karina alegou que se sentia em “perigo” pro causa dos vídeos de Melhem.

Ou seja, que os vídeos em que o diretor apenas responde a acusação por acusação com provas, eram uma “intimidação”.

Mesmo argumento que as outras “assediadas”, como Calabresa, têm repetido. Assim como acusar a este jornalista de ser “porta-voz de Melhem”.

Mais uma se vai

Com isso, passa a ser a terceira atriz que pulou fora do barco da acusação, ao lado de Suzy Pires e Débora Lamm, que também não quis depor contra ele no MPT.

Com isso, passa a ser a terceira atriz que pulou fora do barco da acusação, ao lado de Suzy Pires e Débora Lamm.

No entanto, se Melhem por acaso virar réu, a batata pode voltar a assar para Karina: ela pode ser convocada a depor na Justiça Criminal.

Então, todas as suas mensagens trocadas com ele por anos podem ser expostas.

E vai ser difícil explicar aos advogados dele como um assediador era tão querido e paparicado por ela.

Segundo fonte deste jornalista, Karina vinha negociando sua participação no “documentário” que as atrizes estão fazendo.

Segundo uma pessoa próxima às pessoas envolvidas no documentário, como a diretora Flavia Lacerda, Karina pode ser uma das acusadoras que vai aparecer protegida pela penumbra e com “voz de pato”.

A pata de Taubaté.

O sorriso de quem achou que tinha vencido a verdade
Karina à esq.; o sorrisinho de quem achou que venceu a verdade

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