“Cassandra: pessoa que prediz com insistência desgraças ou situações indesejáveis.”
(personagem da Guerra de Tróia)
Executivos das cinco principais TVs abertas não chegaram nem ao fim do primeiro semestre de 2023 e já sabem:
Estão vivendo aquele que será o pior ano da história das emissoras.
Nunca antes houve tantas demissões e tantos cortes de custo ao mesmo tempo, em todas as TVs.
Motivo: Além de erros cometidos (como a Band), o faturamento comercial desabou e deve desabar mais, graças a internet (como esta coluna antecipou).
Globoâncora
A Globo está com uma âncora em seu pescoço chamada Globoplay, e não para de fazer cortes em todos os departamentos.
O projeto Uma Só Globo ficou caríssimo e pode ficar ainda mais, com ações trabalhistas.
Especula-se que desde 2017 foram desligados mais de 3.000 funcionários e prestadores de serviço (PJs) da Globo. Aí se conta tudo: do galã de novela ao auxiliar administrativo.
A emissora não fala desses números.
Pelo menos o Globoplay está faturando um pouco com comerciais.
A TV do bispo
A Record também deve ter outro ano difícil.
No ano passado, o misterioso déficit de meio bilhão agora já fica mais claro: foi causado pela operação de incorporação do ex-banco Renner ao patrimônio do grupo.
Mas, os anúncios estão despencando também.
Sem Sílvio
O SBT está numa outra encruzilhada está sem sua grande estrela e muitos programas estão registrando os menores faturamentos comerciais da história, inclusive “merchans”.
O Grupo Silvio Santos é seu maior anunciante, na verdade. Ou seja, tira de um bolso para pôr no outro, mas o volume de dinheiro não muda.
Band já falamos. Além das demissões em São Paulo, já estão ocorrendo cortes em todas as retransmissoras pelo país. Algumas afiliadas estão em petição de miséria.
RedeTV só consegue se manter com igrejas, e com isso faz anunciantes fugirem. É um círculo vicioso que dessa vez pegou todas as TVs de uma vez só.
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