Globo paga ‘miséria’ a elenco por novela exibida no exterior, e isso se confirmou em entrevista de Kadu Moliterno, na semana passada.
Ele falou com Daniela Albuquerque, no programa “Sensacional” (RedeTV”).
O ex-ator da Globo desabafou sobre o valor irrisório que recebe após a emissora vender as obras para exterior.
“Uma novela vendida para dez países, fui receber R$ 330,40. Para uma reprise, você recebe mil e poucos reais… uma reprise em Vale a Pena Ver de Novo”, declarou.
“Se eu fosse um De Niro da vida, não trabalharia mais, só pelas obras que fiz, vendidas para o mundo todo. Mas, aqui não, aqui tem que continuar matando um leão por dia”, desabafou.
Globo sofrendo derrotas
O fato é que é justamente esse “miserê” que há anos impede a Globo de reexibir no canal Viva ou disponibilizar no Globoplay muitas obras antes de 1998.
Até esse ano os contratos da Globo não previam que uma novela pudesse ser exibida em outras plataformas que não a TV paga ou aberta.
A partir de 98 a emissora se tocou que, com a internet, isso poderia mudar. E ampliou o leque de permissões para qualquer plataforma no futuro.
Só que os valores ofertados para elencos antes de 1998 tem dois problemas: parte deles já morreu. Os vivos recusam as ofertas por serem baixas demais.
Quem paga o pato é o canal Viva e op Globoplay, que perdem a chance de exibir mais acervo.
Ação contra Globo
Kadu, 71 anos, está processando a Globo na Justiça do Trabalho.
Ele trabalhou na emissora por mais de três décadas e agora luta para ter o vínculo empregatício reconhecido.
O ator afirma que nunca teve a oportunidade ou alternativa de ser um funcionário com carteira registrada.
Elenco de “influencers”
Outra crítica dura ele fez contra a presença de influencers nas produções da emissora.
“O cara sai de um Big Brother, ganha 20 milhões de seguidores, é colocado na novela para ver se traz público, mas o público percebe e sente falta dos que realmente são atores verdadeiros.”
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