O Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou uma ação civil nesta terça-feira (27) na qual pede a cassação das outorgas de concessão das rádios Jovem Pan AM e FM.
O canal JP News não é citado na ação porque se trata de um canal privado e pago, e não uma concessão pública.
O motivo foram os “incentivos” dos comentaristas das rádios atos antidemocráticos, que culminaram nos ataques de 08/01 na Praça dos Três Poderes.
Para a Procuradoria, os comentaristas atacaram a idoneidade do processo eleitoral e o fechamento de STF porque isso era a linha editorial da emissora.
Além da ação, o MPF pede que o grupo Jovem Pan pague R$ 13,4 milhões como compensação por disseminação de informações falsas.
“A severidade das medidas pleiteadas se justifica pela gravidade da conduta da emissora. A Jovem Pan disseminou reiteradamente conteúdos que desacreditaram, sem provas, o processo eleitoral de 2022.
Também atacaram autoridades e instituições da República, incitaram a desobediência a leis e decisões judiciais, defenderam a intervenção das Forças Armadas sobre os Poderes”, diz nota do MPF.
Outro lado
Em nota a Jovem Pan informou que só vai se manifestar sobre o assunto nos autos do processo, e que “ao longo de 80 anos tem compromisso com a sociedade brasileira e a democracia.”
A investigação do MPF começou no dia 09 de janeiro, um dia após os ataques de Brasília.
No mesmo dia, Tutinha, dono do grupo, deixou a empresa. Porém, continuou mandando.
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