Morte de Silvio encerra ‘pacto’ que ele fez com o bispo Edir Macedo em 1999, um ano depois de o SBT tirar Ratinho da Record.
A guerra começou em 1998, quando Silvio Santos tirou Ratinho da Record. O apresentador era a maior audiência da emissora da Barra Funda.
Em 2004, o SBT fez outra “travessura”: tirou Adriane Galisteu, que comandava um programa noturno na grande da Tv de Edir Macedo. Era muita provocação.
Essa guerra durou mais de 10 anos, mas “vingança é prato que se come frio”, e, em 2009, a Record revidou e tirou Gugu Liberato do SBT.
Guerra com o bispo
Mal o bispo tirou a grande estrela da TV rival, Silvio contra-atacou. Na época, este jornalista escreveu a seguinte análise, no UOL.
“Se os bispos conseguiram lhe tirar Gugu, seu maior faturamento, Silvio tirou simplesmente o executivo mais próximo do bispo Honorilton Gonçalves, o grão-vizir da Record”, ponderei.
“Às escondidas, negociou e tirou Paulo Franco, a pessoa que o bispo tinha mais próximo, seu braço direito.”
A contratação revoltou revoltou a então cúpula da Record porque Franco e sua família pertenciam à Igreja Universal.
Silvio e o pacto com o bispo
Nos 10 anos entre o “furto” de Ratinho e a trégua, o SBT teve de pagar à época mais de R$ 40 milhões em multa para a Record.
Depois disso, Edir Macedo e Silvio Santos decidiram acertar uma trégua:
Combinaram de nunca mais retirarem profissionais do rival, com contrato.
O convite da Record a Cleber Machado na semana passada, confirmado pelo próprio narrador, mostra que a morte do dono do SBT levou junto o acordo acertado com Edir Macedo.
Agora, a maior guerra que já houve entre duas TVs abertas, recomeçou.
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