Roger Abdelmassih não vai para prisão domiciliar, disse o órgão, que rejeitou na última sexta pedido da defesa de Roger Abdelmassih, de que ele possa morrer em casa.
Abdelmassih, 77 anos, foi condenado a 173 anos de pena em regime fechado por estupro e abuso de pacientes em seu consultório de reprodução, em São Paulo.
A defesa afirmou que as condições de saúde do médico são periclitantes e apresentou um laudo médico em fevereiro (veja nesta página).
Em casa
Além da idade, ele apresenta edemas em várias extremidades do corpo, hipertensão, disfunção digestiva, irregularidade cardíaca e outros problemas, diz o documento.
O laudo diz que se “trata de paciente idoso, evoluindo com complicações previsíveis para seu caso, com risco de morte repentina”.
Foi por isso que houve a apelação de sua defesa para que ele pudesse morrer em casa.
A vítima ZERO
A estilista Vana Lopes foi a primeira mulher a denunciar Abdelmassih.
Após Vana, apareceram mais de 70 outras vítimas de todos os Estados Brasileiros.
Vana morreu em 28 de janeiro, de câncer.
A ativista tentou denunciar o médico em veículos da mídia, sem sucesso, por mais de um ano. Ninguém acreditava nela.
Vana Lopes começou a luta contra Roger Abdelmassih sozinha; ela morreu em janeiro
Entretanto, o Ministério Público de São Paulo não se sensibilizou e no último dia 22 emitiu a decisão de que não, ele não poderia sair da prisão fechada para a domiciliar.
MP nega
Segundo o MP, “a prisão domiciliar (…) se restringe aos condenados à pena em regime aberto, não contemplando ao regime dos autos”.
A lei nº 7.210/84, se restringe aos condenados à pena em regime aberto, não contemplando os que cumprem em regime fechado, como é o caso (dele).“
Não morrerá em casa
Roger Abdelmassih foi considerado por décadas como um “deus” da reprodução genética.
Ele estava sempre na TV, dando entrevistas e apontado como paradigma na área.
No entanto, agora provavelmente vai morrer sozinho.
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