Pela 4ª vez, a Globo censurou um beijo gay em suas novelas, na semana passada.
Em “Vai na Fé”, novela das 19h30, a TV já não tinha mostrado três oportunidades de beijos entre as personagens Helena (Priscila Sztejnman) e Clara (Regiane Alves).
Agora, na semana passada, foi a vez de sua direção eliminar um “selinho” que seria dado entre os fictícios Vini (Guthierry Sotero) e Yuri (Jean Paulo Campos).
Entretanto, o “selinho” estava no roteiro e na sinopse da novela de Rosane Svartman.
o que passa?
Portanto, a pergunta é: O que está acontecendo com a Globo?
Vejam o inexplicável: por quatro anos de governo Bolsonaro, a Globo pareceu desafiar o conservadorismo e dar bastante espaço às chamadas minorias (termo meio ridículo, na opinião deste jornalista).
Imediatamente, assim que Bolsonaro perde, e um governo de esquerda assume, a emissora passa a andar na contramão.
Além de impedir os beijos gays, ainda mudou de ideia e desistiu de apresentar a segunda edição do especial “Falas de Orgulho” em horário nobre.
Dedicado ao movimento LGBT, o especial agora será apresentado de madrugada.
Na opinião deste jornalista, parece que a Globo ficou escaldada e não quer melindrar o (imenso) público evangélico que vem eclodindo no Brasil.
Parte disso tudo remonta a algo que este colunista já trata neste canal e que remonta a uma pesquisa qualitativa feita pela casa em 2019.
Se fosse uma pessoa física, qualquer psiquiatra diagnosticaria a Globo como bipolar, no mínimo. Ou mentalmente instável.
Afinal, ela tentou agradar aos evangélicos com Vai na Fé, mas apesar disso incluiu cenas que boa parte deles não aprova.
Depois, ela decidiu homenagear o movimento LGBT com uma produção, no entanto procura escondê-la da maior parte do público.
Globo desequilibrada
Ora, senhoras e senhores, se por quatro anos a emissora foi a #Globolixo da direita, talvez agora tenha de ganhar esse ou outro adjetivo digital da esquerda.
Até atingir um ponto de equilíbrio.
Porque infelizmente pessoa jurídica não pode ser medicada. Porque está precisando.
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