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Opinião: Cobertura da Globo na guerra é um fiasco

Paola de Orte fazendo milagre: Cobertura da Globo na guerra é um fiasco

Cobertura da Globo na guerra em Israel é um fiasco e pode ser classificada como quase mambembe,
perto do que a emissora já fez em outros grandes eventos internacionais.

Erramos: Este site grafou errado o nome do correspondente da Record André Azeredo.

Nesta guerra em Israel, porém, a Globo só tem uma (excelente) repórter que não é nem sequer funcionária, mas “frila” (a menos que tenha sido contratada após o início do conflito).

Paola de Orte é a destemida jornalista que está se colocando em perigo no mais difícil trabalho na carreira de um repórter: ser correspondente de guerra.

Ela não está decepcionando nada, tem ido muito bem, para uma soldada solitária da notícia. Mas é evidente que está sobrecarregada.

Cobertura solitária

Ela faz entradas na Globo, Globonews e manda material para a Globo e seus sites. Trabalha como repórter, pauteira, fotógrafa e cinegrafista.

Chega a ser vergonhoso para o Grupo Globo uma profissional estar nessas condições, se olharmos para poucos anos atrás.

Em tempos passados, a emissora teria uma equipe de jornalistas famosos, cinegrafistas e produtores para fazer a cobertura.

Estaríamos assistindo a Ernesto Paglia, Silio Boccanera, Marcos Losekann, Marcos Uchôa, Caco Barcellos, Roberto Feith ou Luís Fernando Silva Costa Pinto fazendo entradas de lugares diferentes, com olhares diferentes.

Cadê os correspondentes de guerra?

Mas, por causa do projeto Uma Só Globo, um amplo plano de redução de custos e cargos iniciado há cerca de seis anos, a emissora reduziu –e muito– sua qualidade de cobertura.

Para se ter um exemplo, na morte do papa João Paulo 2º, em 2005, a Globo mandou ninguém menos que William Bonner (e Christiane Pelajo).

Record dando banho

Quem diria que um dia, para ficar melhor informado, o telespectador teria de assistir à Record.

A emissora está dando um banho na líder. Em Israel já tem uma correspondente fixa (Denise Odorissi) e mandou mais dois correspondentes: Roberto Cabrini e André Azeredo.

Cabrini vai a um kibutz onde houve um massacre e no local da “rave” onde morreram 26o jovens.

Anteontem, Azeredo foi revistado pelas Forças de Defesa de Israel. Ele está próximo de uma das frentes de batalha.

Enquanto isso, na Globo, Paola carrega o factual nas costas, numa jornada de trabalho não só perigosa, mas insana.

E aqui repórteres especiais da Globo, “DIRETAMENTE” de São Paulo, fazem matérias de estúdio com conteúdo de agências internacionais e entrevistas por Skype.

O padrão Globo de qualidade hoje é só uma história do passado da TV brasileira.

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