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Opinião: Conluio da imprensa, racismo e violência no caso Melhem

Melhem é massacrado pela imprensa

Duas coisas estão ficando visíveis no propalado caso Melhem, quando oito mulheres decidiram denunciá-lo por assédio sexual, sem provas (agora são sete).

A primeira é o fato é que, desde o princípio, a mídia brasileira em nenhum momento ponderou que toda a história pudesse ser uma farsa.

Nem mesmo eu.

Assista ao vídeo com esta reportagem

Compreensível, já que é quase impossível duvidar quando oito mulheres vêm a público denunciar um diretor da Globo, um local que eu, empiricamente, sabia que fora sempre tóxico (para não dizer criminoso) no passado.

Primeiro, porque sempre acreditamos nas mulheres. Segundo, porque seria muito difícil duvidar de uma reportagem da revista “piauí”.

Basicamente, a Imprensa já julgou e condenou Marcius Melhem à morte

Imprensa carrasca

O problema, no entanto, foi que desde 2021, quando comecei a investigar a história e descobrir pouco a pouco a trama sórdida que havia por trás dela, em vez de receber apoio , recebi o desrespeito e até o ódio.

Inclusive dentro da redação na qual trabalhei por 19 anos, o UOL.

Mensagens, trocas de carinhos, mentiras expostas pelo whats e pelas próprias acusadoras… tudo isso nunca fez a imprensa nem sequer ter dúvida que aquele sujeito era um criminoso.

Desde dezmebro de 2020, o lado de Marcius Melhem nunca importou. Para mim, ficou claro que a mídia já havia condenado o ex-chefe de Humor da Globo.

Pesquisem. Deem uma busca no Google. A partir daí, TUDO que as acusadoras lançaram na imprensa teve destaque. Inclusive no UOL.

Já a versão dele, inclusive provas, foi e ainda estão sendo ignoradas de uma forma que só posso considerar injusta e militantemente vergonhosa.

O comportamento da imprensa nesse caso é, literalmente, a de cúmplice de um crime.

Triste ver jornalistas e o jornalismo agindo dessa forma.

Eu não reconheço esse jornalismo. Eu não faço parte dele.

Racismo acima de tudo

O segundo ponto crucial nesse caso nós soubemos apenas esta semana, quando Marcius Melhem divulgou um enorme material em vídeo, dentro do qual ficamos sabendo como as atrizes Maria Clara Gueiros e Luciana Fregolente tratavam o chefe.

“Negrinho imprestável” e “negrinho insolente” eram termos “carinhosos”, com que essas mulheres tratavam Melhem. “Negrinho”; “nigrinho”.

Era assim que essas duas brancas de classe alta, moradoras da zona sul carioca, tratavam o chefe “moreno” de Nilópolis.

Inclusive, isso me levou a, por curiosidade, a fazer uma “varredura” em posts nas redes sociais citando Melhem. Chocado, percebi que a MAIORIA ESMAGADORA de pessoas que estão condenado Melhem à morte são….

BRANCAS.

Não pode ser coincidência. Não mesmo.

O que me “desmoronou”, na verdade, foi ver como a imprensa em massa desprezou ATÉ essas provas, em mensagens e áudios.

A mídia enfiou a cabeça dentro de um buraco na terra para não ver a realidade. Isso vale para 99% dos veículos de comunicação e 99% dos jornalistas.

Nunca imaginei que veria um repórter ou uma colunista, “coleguinhas”, acusarem alguém de ser minha fonte. E sem qualquer prova.

Ou ver um repórter fazendo uma matéria especulativa ridícula sobre quem poderia ser a fonte que havia me passado os autos do processo.

Que, em vez de levantar as nádegas da cadeira e fazer o que um repórter deve fazer –REPORTAGEM–, preferisse especular e tentar sabotar o trabalho de um outro jornalista.

Pois eu vi e vivi isso por meses dentro do local em que trabalho.

Repito: só comecei a publicar o outro lado de Marcius Melhem no UOL, porque meu diretor, e os secretários de Redação do UOL, que conhecem o meu trabalho há 30 anos, me deram respaldo.

Confiaram em mim, nas minhas provas e na minha apuração.

Por outro lado, não sou obrigado a ser atacado como um inimigo por outros jornalistas e ter minha voz calada pela militância seja onde for: na rua, no UOL ou em qualquer outro lugar.

Eu milito pela verdade, antes das causas.

Por isso vim parar aqui, no meu site e no meu canal: quando entro numa briga, ela vai ser no MEU território, não no seu.

Violência

O terceiro ponto que quero abordar diz respeito à violência com que feministas radicais estão agindo (inclusive dentro das redações) para calar e condenar Marcius Melhem.

Atrizes, colegas, jornalistas mulheres, qualquer pessoa que APENAS coloque em dúvida a versão mentirosa e fantasiosa dessas mulheres já está sofrendo linchamento moral e digital.

Sofrente ataque de dente perturbada, radical, prepotente e hipócrita, que acha que tem virtudes e pode servir de bússola moral da sociedade. Faz-me rir.

Não representam as milhões de mulheres que sofrem assédio sexual e violência todos os dias. Falam em nome de uma casta.

Já disse isso em outro programa: essas mulheres são IGUAIZINHAS às oito acusadoras de Melhem: cruéis, más, perversas, cheias de ódio, farsantes, mentirosas e pretensiosas ao ponto de quererem mudar a Constituição.

Rasgar a Constituição

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”

Assim como a palavra de vocês não vale mais que provas materiais de suas mentiras.

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