Record pode ter debandada de apresentadores, segundo fontes dentro da emissora ouvidas por este site.
O motivo dessa fuga: a direção da emissora decidiu apertar o cinto e cortar todos os gastos. A começar pelos salários de apresentadores.
Vários contratos expiram entre dezembro e março, e os primeiros artistas que foram conversar com a Direção Artística saíram atordoados.
Crise e cortes
A Record está oferecendo aos apresentadores da foto acima, entre outros, salários até 60% menores do que são pagos hoje.
Pior: nos últimos dois anos a emissora já havia reduzido os salários de alguns desses profissionais.
A alegação é que o grupo Record está passando por sérias dificuldades e que todos também tem outra fonte de renda, que é o “merchan”.
Carolina em debandada?
Carolina Ferraz, (ótima) apresentadora do “Domingo Espetacular”, já teria, inclusive, avisado a emissora de sua demissão ao final do contrato.
E o salário (reduzido) oferecido teria sido o principal motivo. Ela sustenta a mãe, Giscelda, e ajuda outros parentes.
O salário sumiu
Os contratos de César Filho, Luiz Bacci e Ana Hickmann também terminam no dia 31 de dezembro.
Outro que encerra o vínculo na mesma data recebeu a proposta de renovação com o salário cortado (segundo ano consecutivo): Rodrigo Faro.
Adriane Galisteu também está com o futuro incerto, uma vez que seu contrato é por “obra” (leia-se “A Fazenda” e só).
As negociações, segundo este site apurou, estão rolando em um péssimo clima.
Aparentemente, a Record decidiu jogar duro com suas estrelas e quer que elas a “ajudem” a reduzir seus custos.
Universal, Angola e banco
Nos bastidores da emissora, no entanto, comenta-se que a perda do controle (e das doações) da Igreja Universal em Angola também tem relação com a atual crise.
Isso porque a arrecadação naquele país seria uma das maiores da igreja de Edir Macedo depois do Brasil.
Além dos salários rebaixados, a direção da Record está negociando redução de valor dos contratos com fornecedores e prestadores de serviço diversos.
No ano passado, o Grupo Record teve prejuízo de R$ 500 milhões no balanço. O motivo seria a “incorporação” do banco Digimais (ex-Banco Renner) ao grupo de Edir Macedo.
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