SBT escolheu um caminho sem volta em sua programação e em seu novo público.
Daniela Beyruti, nova chefona da emissora, tomou a corajosa decisão de mudar a imagem de uma empresa após mais de 40 anos.
O problema é que, até agora, essa mudança ficou pela metade.
O SBT de Beyruti ainda mantém o público do SBT do pai dela, e talvez seja isso que esteja causando tanto distúrbio no ibope da emissora.
Escolheu um caminho
O “novo SBT” vem registrando as menores audiências e público de sua história.
Jamais foi tantas vezes alcançado e até ultrapassado pela Band. Virou “sparring” da Record. Até a RedeTV já tirou uma lasquinha.
Em algumas coisas a nova diretora de programação está acertando, mas isso é do jogo e do tamanho da aposta que ela fez.
O problema foi que ela não jogou todas as fichas de uma vez, no que pode estar certa.
O “velho SBT”
Por quatro décadas o SBT atraiu, principalmente, dois extremos do público: os jovens e os idosos.
As manhãs eram coalhadas de desenhos e seriados da Disney.
As tardes eram preenchidas com o imortal “Chaves” e a vila do sr. Barriga.
Ao apostar em jornalismo sensacionalista (“Primeiro IMpacto”) e num programa matinal de amenidades (“Chega Mais”); e em outro de “mundo cão”, à tarde, Daniela Beyruti manteve a digital da programação na era Silvio Santos.
E não está enganada:
Ao manter os domingos de programas de auditório, também, que ocupam esse espaço há 42 anos, ela acertou: é o único dia da semana que o SBT está batendo a Record.
Pouca gente está notando, mas se a emissora mantiver os planos de deixar sua programação também no Youtube, ela pode ser a 1ª TV aberta a estar em todas as plataformas audiovisuais:
Na TV digital, no próprio streaming e no Youtube.
Serão anos até que o SBT assente de novo um público.
Se houver dinheiro e paciência, isso pode acontecer. É um momento de ebulição na mídia. Tudo, realmente, pode acontecer.
Mesmo porque o caminho tomado não tem volta.
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