Fiasco do Globoplay causa demissões e cortes de gastos na Globo.
Ontem a Globo anunciou o desligamento de Erick Brêtas da casa. Ele é considerado o “pai” do serviço de streaming da Globo.
Será substituído pelo executivo Manuel Belmar, ex-diretor financeiro do grupo.
Fiasco a corrigir
A indicação de um expert em finanças para cuidar do produto Globoplay indica que a emissora está tirando o pé do acelerador.
Nos últimos anos, Bretas investiu pesado em conteúdo exclusivo, com gastos milionários.
A chegada de Belmar indica agora o caminho contrário.
Como este site e canal informaram com exclusividade, o serviço de streaming da Globo se tornou um imenso ralo de dinheiro.
O produto não vingou como era esperado, e o número de assinantes ainda é irrisório, perto dos investimentos feitos.
Aparentemente, houve uma série de erros de avaliação, expectativas e ações.
Prejuízo bilionário
Desde que surgiu, em 2015, a estimativa é que a Globo já tenha gasto entre R$ 11 bilhões e R$ 16,8 bilhões.
Não recuperou nem metade disso, e não há perspectiva de quando isso irá acontecer.
Segundo o site “Notícias da TV”, a previsão era de que este ano o Globoplay deixaria de ser puro prejuízo e começaria a dar lucro.
Agora, as previsões mais otimistas falam que isso poderia ocorrer em 2026.
Motivos externos
Um diagnóstico simples de ver no negócio:
A Globo superestimou seu conteúdo exclusivo, como, aparentemente, subestimou o poder dos outros serviços, como Netflix e Youtube.
Hoje, o Youtube tem 15 vezes mais audiência que o Globoplay, e a Netflix, cinco vezes mais.
A Globo se gaba de ter 20 milhões de inscritos no streaming, mas é possível que tenha a metade disso de pagantes.
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