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Cinema: Filme “O Orgulho” é uma grata surpresa em cartaz

Crítica do filme francês "O Orgulho"

Em cartaz nos cinemas desde ontem (20), o filme francês “O Orgulho” é uma grata surpresa, um filme delicioso, inteligente, verborrágico e desafiador.

Ele conta  a história de Neilah Salah (a atriz Camélia Jordana), uma jovem filha de imigrantes árabes que nasceu na França, mas que não é considerada pela sociedade em geral uma cidadã francesa.

Neilah é uma garota muito esforçada, que está estudando Direito na Universidade de Paris.

Ela mora em Creteil, um bairro muito pobre e afastado, habitado por árabes e outros imigrantes paupérrimos.

Para piorar, ela acaba sendo vítima fácil do bullying do professor Pierre Hazard (Daniel Auteuil), um sujeito detestável, cínico, pedante e agressivo, e que implicará com a jovem desde o primeiro dia de aula.

O ORGULHO DO OGRO FRANCÊS

O pior é que Hazard não só é um ogro convencido, mas também inteligentíssimo.

Sua capacidade de argumentação e agilidade mental, aliadas a um sarcasmo profundo e humor afiado, faz dele a pior pessoa do mundo com quem você possa querer discutir.

Quem se atreve, leva uma surra verbal na certa. O pior: é sempre ele que provoca os outros.

Hazard é detestado por alunos, professores e quaisquer outros funcionários da universidade.

Foi colocado no cargo por influência de um diretor amigo. Mas, sua língua ferina lhe causará problemas.

Sem fazer spoiler, mas, por causa de sua boca enorme e veneno, o destino fará com que o professor tenha de se aproximar e ajudar Neilah a se preparar para um concurso de argumentação entre estudantes de Direito.

A partir daí o público vai ora dar risada, ora se emocionar, ora se indignar com o relacionamento intelectual que nasce entre o tinhoso e a jovem também inteligentíssima –e cujo gênio também não é lá nenhuma flor que se cheire.

PALAVRAS DE AMOR

Numa comparação cinematográfica, eu diria que “O Orgulho” (2018) me lembrou em muitos momentos o adorável “Palavras de Amor”, de 2005.

Naquele filme, Richard Gere interpreta o papel de um pai exigente que treina a filha para ser campeã do torneio nacional de “Soletrando”.

É mais ou menos o que Hazard fará com Neilah. Não sem antes deixá-la possessa, de tantas provocações e até ofensas.

“O Orgulho” tem lá seus clichês, sem falar que a cópia que eu assisti, no shopping Frei Caneca, em São Paulo, estava muito, mas muito ruim.

A exibição teve pelo menos dois grandes cortes (o segundo em um momento crucial do filme, aliás).

Mas, coloco “O Orgulho” na lista de “filmes imperdíveis” entre os que estão em cartaz atualmente.

2018 definitivamente está sendo um ano ótimo para quem gosta de cinema francês

Filme: “O Orgulho” #OOrgulho

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: Ótimo ????

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Assista ao trailer de “O Orgulho”, de Yvan Attal