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Cinema: “22 Milhas” tem bom desfecho, mas pouco conteúdo

Crítica do filme "22 Milhas", com Mark Wahlberg

Está em cartaz nos cinemas o thriller de suspense, ação e violência “22 Milhas”, com Mark Wahlberg, John Malkovich e a lutadora de UFC Rounda Rousey, entre outros.

Como ocorre em outros filmes de Wahlberg, “22 Milhas” pode ser classificado como “imoral” do ponto de vista de Hollywood.

Digo “imoral” porque o ator parece adorar compor personagens de caráter dúbio ou mesmo clamente indecente.

É o chamado anti-heroi, que os estúdios norte-americanos geralmente não apreciam muito.

Apesar disso, a grande atração do filme nem é Wahlberg ou a “lenda” Malkovich, e sim Iko Uwais, um ex-dublê indonésio que interpreta o personagem central da trama.

EX-DUBLÊ EM “22 MILHAS”

Iko interpreta Lii Noor, um ex-soldado das forças especiais da Indonésia, que pede asilo na embaixada norte-americana naquele país.

Ele parece ter um segredo muito bem guardado sobre os indonésios que pode ameaçar a segurança não só dos EUA, mas do mundo.

Além disso ele é também uma espécie de “super homem”, uma máquina de lutar e de matar, que precisa se proteger não só dentro da embaixada, mas fora dela.

Especialmente quando Wahlberg –outro agente do tipo super-homem e desajustado, curiosamente chamado James Silva– e sua equipe terão de escoltá-lo por 22 milhas até o aeroporto, de onde deverá ser sacado para fora do país.

Na equipe de James Silva está a adorável Sam Snow (Ronda Rousey) e a agente e mãe em plena crise pós-divórcio Alice Kerr (a atriz Lauren Cohan).

Rousey, por sinal, faz seu pequeno papel com grande competência e carisma.

Já li algumas críticas comparado “22 Milhas” a “16 Quadras”, filme de 2006 no qual um agente deve escoltar um bandido por essa distância até um tribunal.

Com exceção da premissa “distância”, os dois filmes têm muito pouco em comum. Aviso: “22 Milhas” é infinitamente mais violento e sanguinário.

É daquele tipo de filme que é classificado de “ação”, mas o que mais tem é a técnica de movimentação de câmera que o faz parecer muito mais “nervoso” do que realmente é.

Lembra muito, na verdade, as intermináveis sequências de lutas da franquia “Bourne”.

“22 Milhas” tem um final surpreendente e, já aviso –não é spoiler–, terá continuação provavelmente em 2019 ou 2020, mas no fundo é um filme com pouco conteúdo e importância.

Mas abarrotado de sangue. Se é isso que você gosta…

Filme: “22 Milhas” #22Milhas

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: Fraco  ☹️

Veja outras críticas de cinema e da Netflix no site Ooops

Assista ao trailer de “22 Milhas”, do diretor Peter Berg

https://www.youtube.com/watch?v=aEy9MikE14w

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