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Inocentado de crime, vereador é perseguido por “colegas” na Câmara

Vereador Whelliton Silva

O inferno vivido pelo vereador e ex-jogador Wellington Silva, que foi inocentado após uma falsa acusação de estupro feita no ano passado no litoral, continua.

Após ver arquivada contra ele a acusação de Letícia Albuquerque, de 29 anos, agora Whelliton está enfrentando inimigos dentro da Câmara da Praia Grande.

Letícia no momento está sendo investigada pois, após a falsa denúncia, foi “interditada” pela família e agora é tratada como pessoa com “distúrbios psiquiátricos”.

Whelliton e sua mulher, a advogada e ativista Janaína Ballaris, conseguiram fazer com que autoridades investiguem-na assim mesmo.

A começar para saber se a “interdição” é só fingimento para escapar do processo por denunciação caluniosa.

O pai da acusadora, Sebastião, acabou sendo gravado por Janaína Ballaris e afirmando que tinha certeza que a filha estava sendo “bancada” por terceiros.

Ele deverá depor no próximo mês, pois o inquérito de denunciação caluniosa contra a filha foi reaberto.

Foto do casal Whelliton e Janaína Ballaris
Whelliton e Janaína Ballaris

Parceria?

Explicando: O principal inimigo de Whelliton hoje parece Marco Antonio de Sousa, conhecido como “vereador Marquinho”, e que é presidente da Câmara.

O motivo é que o vereador e sua mulher dizem ter provas materiais de que a acusadora Letícia teve apoio de Marquinho e sua mulher, Roberta, durante a denúncia.

Ballaris mostrou a este jornalista imagens que mostrariam Roberta acompanhando Letícia quando esta foi fazer o B.O. contra o vereador e ex-jogador de Santos e Flamengo.

Marquinho e sua mulher também são apontados por Janaina Ballaris como os responsáveis por conseguir uma advogada para Letícia, Natasha Cunha e Silva. Ele nega.

No entanto, também há fotos de Marquinho e sua mulher confraternizando com Letícia e outras amigas.

Ao ser procurado para comentar, o vereador se irritou com este jornalista, a quem disse não conhecer (ouça os áudios dele no vídeo desta reportagem).

Foto do Vereador Whelliton Silva na Câmara da Praia Grande SP
Vereador Whelliton Silva na Câmara da Praia Grande SP

Perseguição

A primeira a pedir a cassação do vereador foi justamente Letícia Holanda Albuquerque, a falsa acusadora. Pedido foi arquivado.

Após ser inocentado, Wellington fez um pronunciamento considerado normal, na Câmara, mostrando como fora injustiçado.

Nesse pronunciamento, mesmo sem citar nome de ninguém, ele declarou saber que Letícia estava sendo defendida por uma “menina” (doutora Natasha).

Supostamente ofendida, a advogada Natasha pediu novamente uma cassação do vereador por “quebra de decoro”.

Depois, outro morador, muito próximo de Marquinho, chamado Manoel Curioso, fez na semana passada outro pedido de cassação.

Marquinho, com apoio dos colegas de sua base, acolheu as três denúncias, mas duas delas (a de Letícia e Manoel) foram arquivadas.

O pedido de cassação da advogada Natasha Cunha, porém, deve ser votado esta semana.

Os pedidos têm irregularidades regimentais e até constitucionais, já que o vereador não citou o nome de ninguém, além de ter imunidade parlamentar.

Outro lado

Procurado para se manifestar, o presidente da Câmara da Praia Grande, Marquinho, enviou cinco áudios com conteúdo de desafiador a agressivo.

Ouça os áudios no vídeo desta reportagem:

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