Canais pagos começam a fechar ou sair do Brasil, e o motivo é a crise irreversível da mídia onde eles existiram por décadas: a TV paga.
Como a base de assinantes da TV paga caiu quase pela metade em dez anos, as operadoras reduziram muito a remuneração dos canais ou até mesmo pararam de pagá-los.
A falta de qualidade de conteúdo, excesso de propagandas irritantes e repetitivas, o preço dos pacotes, pirataria e a explosão do streaming são alguns dos motivos dessa derrocada.
Como eles vivem?
Os canais pagos sobrevivem com duas fontes de renda: propaganda obtida por seu Comercial e o repasse mensal das operadoras, de acordo com fatores como:
A quantidade de pacotes que a emissora está (se está nos pacotes mais básicos, ela tem maior alcance, portanto, maior receita);
O tempo que a emissora está na TV paga;
O ibope que essa TV registra.
O canal Empreender, da Band, foi o primeiro a fechar suas portas, com menos de um ano no ar.
Assim como o Oi Play, que encerrou as atividades no ano passado.
O argentino Telefe também decidiu sair de campo no Brasil. O TruTV também já caiu fora, .
O mesmo aconteceu com o lendário Shoptime, que no ano passado sumiu da TV paga e das parabólicas e passou a existir somente no Youtube.
Fugiram do Brasil
Disney XD, Disney Jr, NatGeoKids e NatGeo Wild também fecharam. Para esses, a TV paga não representava mais nada em termos financeiros.
Todos migraram para o streaming de suas grifes, que, por sinal, estão no bico do corvo também pela fuga de assinantes.
Risco para outros canais
O pior é que muitos outros canais já estão enfrentando dificuldades financeiras graves, principalmente os canais de nicho, como Fish TV ou TV Fashion.
O canal Woohoo, por exemplo, que praticamente recebia repasses simbólicos das operadoras, achou um meio de sobreviver: recebeu uma injeção de milhões e se tornou um canal geek.
Ou seja, com muito mais apelo comercial que um apenas de esportes radicais.
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