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Filme “Covil de Ladrões” surpreende com trama inteligente e sem clichês

Não sou nenhum fã de filmes policiais ou de matança, mas como cinéfilo e crítico também não costumo evitá-los. Portanto fui ver “Covil de Ladrões”, que estreou na semana passada no circuito de cinemas.

Para fazer um trocadilho, fui ao cinema “armado”, pensando:

“Putz… vou ter de aguentar  duas horas e meia de filme de polícia e bandido. Meodeosdocéo…”

Posso dizer  que, meia-hora depois de iniciado o filme estava absolutamente de olho pregado na tela. O começo é devastador. E quando o filme acabou tinha admitir que acabara de ver um baita filme. Sim, minha geração ainda usa baita.

Do ponto de vista de cinema policial, “Covil de Ladrões” é uma das coisas mais criativas, inteligentes e surpreendentes que vi nos últimos anos.

A última vez que senti algo positivo e parecido com uma trama assim foi com “Os Inflitrados”, uns 12 anos atrás.

Em “Covil”, todos os famosos e surrados clichês estão ausentes: a) você não sabe ao certo quem é pior, se os policiais ou bandidos; b) você não consegue adivinhar nunca o que vai acontecer nos momentos principais do filme; c) há pouquíssima perseguição de carros; d) o final é muito legal. 

O COVIL DE LADRÕES

Resumindo a “película”, Gerard Butler é Big Nick, o manguaceiro chefe de uma divisão de Crimes Graves de Los Angeles, a cidade que tem mais assaltos a banco no mundo.

Ele e seu time enfrentam uma gangue absolutamente difusa de bandidos depois que houve um assalto frustrado em que policiais foram massacrados (tô falando aos 10 minutos de filme, não tem spoiler, não).

Depois disso, a cabeça do público só gira em uma sucessão de mudanças de rumo, desde a  inclusão de problemas familiares (Nick é um alcoólatra putanheiro que ignora a mulher e as duas filhinhas lindas), até situações que parecem não ter sentido.

Por exemplo: desde o começo do filme a equipe de Nick e os bandidos (os que se autodenominam assim) se peitam e frequentam os mesmos lugares e pardieiros. Convivem com as mesmas prostitutas, inclusive.

Não existe aquela coisa de o bandido foge, a polícia caça e no fim acontece um final redentor.

A propósito: o rapper 50Cent está no elenco e, se não chega a brilhar, também não causa nenhuma decepção. Seu personagem tem um bom momento, inclusive (juro que esse spoiler eu queria dar).

Repito: se você gosta realmente de filmes policiais, não deve perder “Covil de Ladrões” –uma das grandes surpresas que tive este ano no cinema.

Sobre as quase duas horas e meia de filme? Nem vi passar.

Filme: Covil de Ladrões #DenOfThieves #CovilDeLadrões

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: Ótimo ???? (para um filme policial)

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Assista ao trailer de “Covil de Ladrões” (Den of Thieves)