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Cinema: “O Que De Verdade Importa” é para ver com o coração

Cena (linda) do filme "O Que De Verdade Importa"

“O Que De Verdade Importa” chega aos cinemas brasileiros com mais de dois anos de atraso. Mas, antes tarde do que nunca.

É um daqueles raros filmes carrega uma história tão bonita, criativa e sem clichês que você mal percebe o trabalho do diretor. A história brilha por si só. Tampouco é possível apontar um ou outro ator ou atriz que se sobressaiam. Todos estão bem, com atuações até modestas.

Por outro lado é um filme bonito por inteiro. Não chega a ser “gospel”, mas fala de doença, saudade, perda, fé, aceitação e conquista.

Pense num filme “pra cima”. Pois é esse.

“O Que De Verdade Importa” acompanha a vida de Alex (o ator britânico Oliver Jason-Cohen) que tem uma empresa de reparos elétricas chamada “O Curador” (“The Healer”).

Relapso, promíscuo e vagabundo, viciado em jogos e alcoólatra, endividado até o pescoço, Alex parece um traste, mas é preciso saber que ele é resultado de uma série de tragédias que o fez perder toda a família. Incluindo seu irmão gêmeo.

Quero dizer, “toda família” exceto um: um tio desconhecido e misterioso que aparece quando Alec já estava cavando o fundo do próprio poço. Ele se oferece para pagar todas as dívidas do sobrinho, mas com uma condição:

Ele deve mudar de Londres para a Nova Escócia, uma das províncias do Canadá, e passar lá ao menos um ano.

Não se preocupem, eu não estou fazendo spoiler, isso são os primeiros 10 ou 15 minutos do filme.

FILME É O QUE DE VERDADE IMPORTA

A partir daí temos um drama maravilhoso, com toques de comédia e muito humanitarismo.

Alec descobre que tem poderes sobrenaturais de cura, e o povo canadense passa a correr até ele qual um guru. Coisa que ele detesta –tanto a procissão de pessoas como o poder, que ele não aceita.

Esse conflito que perdura é o grande argumento de “O Que De Verdade Importa”. Não é um filme previsível, pois ora ele pode arrancar risadas, ora lágrimas….

Voltando ao elenco, o que mais impressiona nele é a simplicidade dos personagens.

Camilla Luddington está maravilhosa como a “lésbica” Cecília; Kaitlyn Bernard está ótima como Abigail, a pré-adolescente com câncer. E ainda tem o padre Maloy, muito bem feito pelo ator Jorge Garcia (também conhecido como o gordinho do seriado “Lost”)

Eu indicaria esse filme a qualquer pessoa que esteja num mau momento da vida, aborrecido ou com pouca fé. É como uma dose homeopática de esperança. 

É uma obra encorajadora, mas não de auto-ajuda. É doce, mas não é piegas. Não é nenhuma maravilha do cinema, mas você não vai embora achando que perdeu seu dinheiro.

Tem mais uma coisa que vale muito a pena: o diretor e roteirista, Paco Arango, doou os lucros do filme, de cada ingresso, para instituições que tratam do câncer infantil, inclusive no Brasil.

Filme: “O Que De Verdade Importa” #OQueDeVerdadeImporta

Onde: Em cartaz nos cinemas, classificação Livre

Avaliação: Ótimo ????

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Veja o trailer de “O Que De Verdade Importa”