O filme Joaquim, em cartaz nos cinemas, se propõe a contar ficcionalmente a história do alferes Joaquim da Silva Xavier, o herói brasileiro Tiradentes.
Mas o filme não mostra nada do personagem que a maioria de nós foi ensinado na escola. Pelo contrário: desconstrói sua imagem ate´torná-la irreconhecível aos lívros de história.
Em “Joaquim” o alferes é um beberrão lascivo, um militar invejoso das promoções que os colegas ganham, um carniceiro que não tem piedade em se aproveitar e, quando contrariado, amplificar –e muito– a dor que seus pacientes que sentam em sua cadeira de pseudo- dentista.
MITO OU FANTOCHE?
Se há idealismo no que conhecemos como Tiradentes? Por esse filme, pelo menos, a resposta é não.
O heroico personagem é reduzido a um personagem até patético, interessado em ser promovido, enriquecer e buscar de volta sua “Preta”, a escrava com quem ele se deitava e rolava, e quem tirava seus muitos piolhos; também se transforma em um mero marionete do interesse da fidalguia.
Como filme, “Joaquim”, uma coprodução Brasil-Portugal com direção de Marcelo Gomes, é até uma obra bem feita.
O problema é que o personagem central sofre uma reviravolta “psíquica” e ideológica tão abrupta e repentina quanto o desfecho do filme.
Filme – “Joaquim”
Onde – Em cartaz nos cinemas
Avaliação Ooops! – Razoável ?
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