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Crítica de cinema: Filme “Lucky” sorri e faz reflexão sobre vida, velhice e morte

Último filme estrelado por Harry Dean Stanton antes de morrer, “Lucky” (sortudo) conta a história de um idoso ateu e emburrado que mora num fim de mundo no interior dos EUA.

Seu apelido “Lucky” ele ganhou na guerra por ter servido como cozinheiro, em vez de ter sido enviado ao front.

Lucky é um senhor ranzinza, metódico, e que conhece e é conhecido por todo mundo na cidade.

Por ser solteiro e sem filhos, ele muitas vezes é questionado se não se sente sozinho.

“Ser solitário não é o mesmo que sentir solidão”, diz seu personagem que tem 90 anos, a mesma idade que ele tinha quando fez o filme (morreu em setembro último aos 91).

A transformação final de Lucky começa quando ele sofre uma queda acidental, o que o faz refletir ainda mais sobre o significado da vida. E da morte.

Boa parte do filme se passa onde os personagens mais se aboletam: no bar.

MR. DAVID LYNCH

E é ali que temos uma outra presença sublime ensinando sobre amizade, vida e morte: trata-se de Howard, interpretado lindamente por ninguém menos que David Lynch. Não podia ser diferente. O filme marca a estreia de seu filho, John Carrol Lynch, na direção.

O filme começa com o cágado de Lynch fugindo. Enquanto outras pessoas fazem troça da fuga do quelônio (que se chama Presidente Roosevelt), Howard dá uma verdadeira aula de aceitação e compreensão das leis do universo.

Enquanto isso, a vida carrega Lucky rumo ao vale sombrio da morte. Eu disse sombrio, mas a verdade é que o filme é uma ode à vida, ao ser humano e, você vai saber, ao sorriso.

“Lucky” pode entrar tranquilamente para a lista de grandes filmes que abordam a velhice e a morte, assim como “Amor”, “Nebraska” ou “Era Uma Vez em Tóquio”, entre outros.

Filme: “Lucky”

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: ????? Fabuloso

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Veja o trailer de “Lucky”