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Crítica de Cinema: Moacyr Franco brilha em comédia com Gentili e Villagrán

Nós do cinéfilo e fofo site Ooops! vamos falar hoje sobre o filme “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, baseado em livro escrito por Danilo Gentili. Poucos dias após a estreia o longa já é fonte de polêmicas tanto diante como por trás das câmeras.

Como o próprio título deixa claro, trata-se de uma comédia destinada a adolescentes, saibam os senhores, o grande público seguidor de Gentili. Antes de falar do filme, falemos dele, do próprio, também chamado de “o coiso”.

PERFIL DO AUTOR…

Os teens são a maior parte do público de Danilo Gentili, 38 anos, que obtém média de 6 pontos todas as madrugadas no Painel Nacional de Televisão, medido pela Kantar Ibope.

Seu programa no SBT é vice líder isolado no Brasil desde o dia em que estreou ali na TV de Silvio Santos, em 2014. Nem Porchat nem outras atrações da Record o vencem.

Aliás, às vezes o “The Noite” até vence a Globo.  Ele é visto todas as noites em média por mais de 5 milhões de brasileiros. O humorista detestado pela dita esquerda tem ainda redes com 13 milhões de seguidores.

VAMOS AO FILME…

Como enredo, a comédia “Como Se Tornar O Pior Aluno da Escola…” é absolutamente imoral, nonsense e incorreta. Tudo começa com um ex-aluno traste que, a despeito da vagabundagem, se tornou poderoso e bilionário. É Gentili.

Agora, ele se vê como um gênio, um guru e de forma renitente e assoberbada aceita lambe-botas seguidores, interessados em obter o mesmo sucesso que ele,. É como se fosse um consultor de “vadiez”.

O Pior Aluno atrai dois jovens, Bernardo e Pedro, típicos arquétipos para sofrer o bullying, mas que oscilam entre a esperteza acima de tudo ou seguir as diretrizes cada vez mais extremistas do diretor da escola, interpretado por Carlos Villagrán.

Para um suposto “filminho adolescente”, o elenco está num nível acima: além de Villagrán tem uma Joanna Fomm espetacular como a impaciente professora de Matemática; e ainda Fabio Porchat fazendo uma única sequência, como pedófilo de olho nos moleques, sendo que você em nenhum momento se ofende com isso… Bom, exceto se for esquizofrênico…

Tem ainda uma cena antológica –e obviamente metalinguística–, com Villagrán criticando Gentili por ser no fundo um péssimo ator, e esse respondendo que, pelo menos, não ficou famoso fazendo só a porra de um único personagem a vida toda. Não dá pra não rir.

E, por fim, tem ele… aquele senhorzinho cantor, comediante, escritor, que, sozinho, já valeria muito bem o valor do ingresso.

No pequeno e modesto papel do faxineiro malandro, Moacyr Franco tem as melhores tiradas, o melhor texto e a melhor interpretação.  É o personagem que você lembra, o que você leva pra casa.

Picareta, cínico, genial, com uma pantomima vocal e visual que só mesmo ainda resiste em grandes atores brasileiros. Moacyr, hilário, é não só o pior ser humano da escola, mas o grande personagem do filme.  

Você vai desmaiar de tanto rir, fazer xixi na poltrona ou perder o fôlego? Não, colega.

É uma comédia comercial honestinha, não uma obra de arte da megalocinematografia artística brasileira.

A comédia de Gentili foi feita sem dinheiro estatal, patrocínios ocultos ou, que se saiba, dinheiro desviado do Quadrilhão.

Como obra comercial é um filme certinho, ágil, faz bom uso de linguagem de quadrinhos, tem uns efeitos sonoros engraçados e a história por trás é tão boba e engraçada que pega. E com muito menos escatologia do que qualquer um esperaria numa eventual “escala Gentili” de porqueirice.

A comédia é uma diversão sem compromisso. Mas, lembre-se, ela também tem o Moacyr.

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Assista ao trailer de “Como Se Tornar O Pior Aluno da Escola”

 

Uma resposta

  1. Parabéns Feltrin! É uma das pouquíssimas críticas técnicas sobre o filme, sem militância. O jornalismo ainda respira.

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