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Crítica: Filme “A Festa” é um espetáculo de sarcasmo

Crítica do filme "A Festa"

A primeira coisa que chama a atenção no filme “A Festa”, em cartaz nos cinemas, é o incrível elenco.

O filme tem gente do porte de Timothy Spall (no papel de Bill), Patricia Clarkson (April), a fabulosa Kristin Scott Thomas (a protagonista Janet) e Cillian Murphy (o esquisito Tom), entre outros.

Classificado como comédia dramática, está mais para drama sarcástico, que trata de poder, vaidade, descontrole e traição.

Parecem assuntos clichês no cinema, mas a história autoral da diretora Sally Potter é tão divertida, inteligente e é tão bem filmada que este site já o classifica como um dos melhores filmes de 2018 no Brasil (embora tenha sido lançado na Europa no ano passado).

Clarkson, por exemplo, ganhou o prestigioso British Independent Film Award de atriz coadjuvante.

“A Festa” é filmado todo em preto e branco e conta a fábula de Janet, uma política idealista que chegou ao cargo de ministra da Saúde da Inglaterra.

Assim que a notícia de sua nomeação ao importante cargo se espalha, todos os amigos e interesseiros do Reino Unido passam a ligar e a bajulá-la.

A FESTA DA MINISTRA

Ela convida um seleto grupo mais próximo para uma festinha em sua casa (daí o nome do filme).

A única pessoa que não parece nada feliz com o que está acontecendo é Bill (o adorável britânico Timothy Spall, de filmes como o recente “Acertando o Passo”, “Harry Potter”, “Negação” etc)

Não dá para saber o que se passa na cabeça do velho Bill, mas ele parece muito perturbado.

Enquanto isso os (poucos) convidados vão chegando, e Janet fica ensimesmada enquanto prepara as comidinhas e não para de atender as ligações de Deus e o mundo querendo felicitá-la por “ter chegado lá”.

Todos os personagens são sui generis e têm suas particularidades e esquisitices pessoais. Tom, por exemplo (Cillian Murphy) é um especulador do mercado cheirador de cocaína.

April (Clarkson) é a melhor amiga de Janet, mas totalmente manipuladora, e está em fim de relacionamento com um alemão, Gottfried (Bruno Ganz), que por sua vez é um alienado metido a sábio e místico.

E ainda há Martha (a atriz Cherry Jones), uma política lésbica de terceira idade casada com a jovem e bela Jinny (Emily Mortimer), que está grávida.

O QUE SE PASSA COM BILL?

No meio de tudo isso lá está o velho Bill, completamente bêbado, calado e com ar de quem tem algo a dizer.

Pois ele tem mesmo, e é aí que o filme ganha outra dinâmica e fica cada  vez mais engraçado e, ao mesmo tempo, tenso.

Como cinéfilo, considero “A Festa” um filme grandioso, apesar de sua incrível simplicidade.

O fato de ser preto e branco, curiosamente, ajuda muito na fotografia de algumas cenas que não cabem aqui a mim antecipar. Quem gosta de cinema não deve perder.

É uma história muito criativa, inteligente e original. Certamente verei mais vezes na vida enquanto puder.

Detalhe: na sessão que assisti, nesta quarta-feira (1º), quando “A Festa” acaba o público INTEIRO no cinema continuou sentado, rindo muito. Muitos, evidentemente, de nervoso.

Porque o final é simplesmente chocante, apesar de ter sido “antecipado” em parte já na primeira cena.

Por tudo isso este site concede ao filme a honra não só de cinco, mas de seis estrelinhas.

Filme: “A Festa” (2017) #AFesta

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: Maravilhoso ??????

Leia outras críticas e avaliações de cinema no site Ooops

Veja a filmografia de Timothy Spall na Wikipedia

Assista ao trailer de “A Festa”, de Sally Potter