“Pequena Grande Vida” é mais um filme com Matt Damon que estreou na semana passada. É uma comédia dramática com uma premissa bobinha, mas que acaba sendo bem desenvolvida e diverte o público.
Confesso que fui ao cinema esperando um roteiro besta sobre a miniaturização dos humanos, mas saí do cinema surpreso com uma história envolvente, emotiva e engraçada.
Vamos à sinopse:
MINÚSCULOS
Cientistas noruegueses descobriram uma forma de reduzir humanos para algo a seres com 10 a 12 cm.
O objetivo é nobre: com seres menores a produção de lixo e consumo cairá ao ponto de poder salvar o planeta do excesso de população e escassez de alimentos.
Logo os humanos em tamanho normal descobrem que, se aceitarem se miniaturizar, poderão multiplicar também seus bens. Uma família com US$ 200 mil em bens pode ir morar em LeasureLand com uns US$ 3 milhões.
Podem morar em mansões. 80 dólares dá para fazer compras gerais para a família por 4 meses. E, o melhor: produzem pouquíssimo lixo.
É a salvação do planeta. E das hipotecas.
É aí que o endividado terapeuta ocupacional Paul Safrânek (Matt Damon) vê a saída para seus problemas.
Ele e sua esposa, Audrey (Kristen Wiig), decidem se miniaturizar, mas na última hora ela muda de ideia. Ei, isso não é spoiler, estava já no trailer.
A vida de Paul vira de cabeça para baixo em pequena escala com o abandono.
A partir daí o filme flui para uma história doce e inteligente sobre a humanidade em geral.
Safrânek vai ficar sozinho e encher a cara por muito tempo (uma garrafa de champanhe pode durar meses), mas vai acabar conhecendo uma mulher que vai mudar sua vida.
SEMPRE AS DITADURAS
É a vietnamita Ngoc Lan Tran (a atriz Hong Chau), que perdeu uma perna após ser presa como subversiva em seu país. Alguns países estão usando a miniaturização compulsória em condenados.
Ela é miserável, mora na periferia de LeisureLand com milhares de outros pés rapados e arrasta Paul para seu mundo.
Nesse mundo, Lan Tran, que é faxineira dos ricos miniaturizados, é uma abnegada mulher que ocupa boa parte de seu tempo livre ajudando aos outros ainda mais despossuídos.
É quando Paul percebe que, grande ou pequena, a humanidade tem um problema sério e insolúvel com o abismo social entre as classes ricas e pobres.
Só esse argumento já transforma o filme em algo digno de se assistir. Haverá ainda muitas outras “lições”, especialmente sobre o meio-ambiente.
Vá lá, “Pequena Grande Vida” não é nenhuma obra-prima do cinema, mas também não decepciona e vale o preço do ingresso. A coluna recomenda como passatempo.
Filme: Pequena Grande Vida
Onde: Em cartaz nos cinemas
Avaliação: Bom ??
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Veja o trailer de Pequena Grande Vida