Exclusivo: Record baixa salário de artistas; a ordem é oferecer menos dinheiro a todos os PJs do entretenimento na hora de renovação dos contratos.
No entanto, a medida deve atingir também o Jornalismo, em alguns casos.
A Record atravessa uma das piores crises financeiras e de (falta de) criatividade de sua história.
As primeiras vítimas dessa política em 2023 têm nome e sobrenome: Rodrigo Faro e César Filho.
O contrato de ambos vence no final de dezembro e as propostas que receberam já embutem uma “vigorosa” diminuição nos ganhos.
VEJA O COMENTÁRIO DESTA REPORTAGEM EM VÍDEO
Baixar salário de todos
Faro já foi alvo dessa “política salarial” no ano passado, quando teve uma redução estimada em até 50%.
Pelo jeito, não foi o suficiente.
A emissora também estaria tentando persuadir César a aceitar uma significativa redução para renovar em 2024 em nome da, digamos, boa saúde da companhia.
Ambos estão chocados com as propostas recebidas, segundo este site apurou. Eles não foram localizados para comentar o assunto.
Ana Hickmann também
Outra artista que não deve escapar da redução salarial é Ana Hickmann, cujo contrato também vence em 31 de dezembro.
Nem mesmo a crise pessoal que ela atravessa parece ter amolecido o “coração” da direção da emissora.
Desde 2019, os ganhos de Ana vêm sendo “comidos” pela sanha de contenção de gastos.
Aliada a essa crise está outra: a Igreja Universal já não tem mais tanto dinheiro para colocar na programação (por meio da compra da grade nas madrugadas).
Dito isso, a determinação da cúpula é cortar “na carne” os gastos, custe o que custar.
Este ano a emissora já fez muitas demissões, mas eles começaram, de fato, no final de 2021, no pós pandemia.
Artistas e jornalistas
Jornalistas eventualmente também não escaparão dessa “contenção” de verbas, caso a crise continue –o que, infelizmente, é provável.
Isso vale ainda mais para repórteres prestadores de serviço: os chamados “frilas”.
Por exemplo: um jornalista amigo, falando em off, disse ter sido consultado pela Record para fazer uma reportagem especial, como “freelance”.
O dinheiro ofertado mal daria para ele se locomover e se alimentar durante a apuração.
Obviamente ele disse não.
Recorde de prejuízo
No ano passado, a Record fechou o balanço com um prejuízo de R$ 500 milhões, supostamente causado pela absorção do banco Digimais (ex Renner) ao grupo econômico de Edir Macedo.
A política da empresa desde antes da pandemia passou a ser a de não renovar contratos dos profissionais antes de seu término.
Antigamente, a emissora renovava contratos das suas estrelas até um ano antes do vencimento, como forma de manter o(a) artista na casa.
Mas, aqueles eram outros tempos.
Hoje, a Record espera até o último segundo, para ter certeza que o profissional não recebeu convite de outros canais.
Dessa forma, pode desvalorizá-lo na hora da renovação.
LEIA MAIS: