Igreja Universal recorre de multa de R$ 23 milhões, aplicada pela Justiça porque a instituição demoliu 3 casas tombadas como patrimônio cultural.
A demolição aconteceu em 2005, em Belo Horizonte. A Universal de Edir Macedo queria usar o espaço para estacionamento de fiéis.
Apesar da negativa das autoridades, os imóveis acabaram destruídos da mesma forma.
Na semana passada, no entanto, a 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação, no valor de R$ 23 milhões.
A instituição está recorrendo, e pode levar o caso, inclusive, ao STF.
Patrimônio e multa
Os imóveis destruídos eram protegidos por decisões de órgãos públicos, e estavam listados como patrimônios da cultura e arquitetura da capital mineira.
A Universal tentou argumentar, antes da decisão, que não havia sido intimada pelo Ministério Público de Minas. A corte ignorou a tese.
Crise sem fim
A multa já se tornou o primeiro golpe do ano contra a igreja, no sentido econômico.
Os últimos três anos, entretanto, têm sido extremamente desafiantes para Edir Macedo e sua instituição
Por cerca de três anos a Universal enfrentou acusações pesadas de corrupção em Angola.
Apesar de seus líderes no país africano terem acabado liberados ou inocentados, Edir Macedo perdeu completamente o controle da igreja em Angola.
Além disso, a “filial” da RecordTV naquele país acabou sendo fechada, sob suspeita de lavagem de dinheiro.
Sobre Angola, a assessoria da Universal no Brasil não se pronuncia.
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