Opinião – Por que Dani Calabresa acusou Marcius Melhem

No texto e vídeo de hoje, eu vou tentar responder à pergunta de milhões. Uma pergunta que me tem sido feita centenas de vezes nos últimos dois anos:

Por que Dani Calabresa acusou Melhem de assédio?

Leitores, amigos, jornalistas e até alguns estranhos na rua, quando me reconhecem, perguntam a mesma coisa: Por que Calabresa teria feito isso? Qual sua intenção?

Tentarei responder por meio de conjecturas.

Contudo, como Dani Calabresa jamais quis conversar comigo (nem mesmo em off) desde janeiro de 2021, quando iniciei minhas investigações sobre esse caso, só posso conjecturar.

Porém, o faço baseado em entrevistas, documentos, mensagens, áudios, conversas com uma amiga dela de muitos anos (do ABC paulista), e, principalmente, com pessoas dentro da Globo que convivem ou conviveram com Calabresa, Melhem ou ambos.

A cronologia

É bom recordar: Daniela Giusti (Dani Calabresa) começou este caso denunciando Marcius Melhem por assédio MORAL por volta de outubro de 2019. Essa denúncia foi feita no DAA (departamento de Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico) da Globo.

Sim, leitores, ela não acusou Melhem de assédio sexual. Só fez isso semanas depois, quando foi pressionada por outras mulheres que tinham algum tipo de ódio ou ressentimento contra ele.

Uma dessas mulheres foi Verônica Debom, que havia acabado de levar um fora de Melhem exatamente naquela época.

Outra “arquiteta” da denúncia foi a roteirista Barbara Duvivier, que foi amante de Melhem num período de sete anos, mas acabou sendo flagrada traindo, pelo marido.

Acusar Melhem de assédio seria uma desculpa perfeita, mas suas próprias mensagens a ele desmentem a si mesma.

Então por quê?

No entanto, depois da acusação de assédio moral, Calabresa fez acusações hediondas contra Melhem.

A saber, entre outras:

1. Disse que ele a assediou numa festa em 2017 e arrancou o celular de suas mãos quando soube que ela tinha nudes (mensagem abaixo mostra que ela mente, pois mostrou os nudes a ele “sem ele pedjiir”)
2. O acusou de, em outra festa, ter mostra o pênis a ela, lambido o seu rosto e tentado empurrá-la e tentado levá-la a um banheiro (várias testemunhas presentes disseram à polícia que isso jamais aconteceu; nem mesmo a melhor amiga da atriz, Maira Perazzo, que dormiu na casa de Dani naquela noite, disse ter visto ou ouvido algo a respeito dela);
3. Afirmou à polícia que Melhem tentou forçá-la a beijá-lo. Porém, no dia seguinte à festa troca mensagens carinhosas com ele, e diz se lembrar de “alguns beijos” (com ele);
4. Disse que nessa noite, da festa, ficou traumatizada e precisou ser amparada por amigas, que sua noite havia sido arruinada; porém, como este jornalista descobriu, após o “trauma” (inexistente, como se comprova até em um vídeo e fotos), não só continuou se esbaldando na festa como ainda ficou aos amassos com um câmera da Globo. (algo que ambos omitiram em depoimentos à polícia;

Afirma que, por ter recusado o assédio, Melhem prejudicou sua carreira em três oportunidades:

1 – Impedindo-a de fazer programas no canal GNT;

2 – Retirando-a de um projeto que ela considerava ser “dela” (o “Fora de Hora”);

3 – Retirando-a da apresentação de um especial de humor de fim de ano (2019) da Globo, “A Gente Riu Assim”.

Tá tudo errado

A realidade: Calabresa está errada nas três acusações. Inclusive com provas materiais (veja e-mails neste texto). Quem a retirou dos programas da GNT foi a DAA, e não Melhem.

Mas, as culpadas são a própria Calabresa e a ex diretora da Globo Cininha de Paula. Uma convidou e a outra aceitou um projeto sem consultar nem DAA e nem Maurício Farias, então diretor do núcleo.

Depressão e irritação

Sobre o “Fora de Hora”, Calabresa foi retirada do projeto a pedido de colegas.

Motivo: desde 2017 ela estava profundamente deprimida por causa da separação de Marcelo Adnet, que foi flagrado pela imprensa a traindo com uma mulher desconhecida, na noite carioca.

A separação foi litigiosa e dolorosa demais para ela, que, aparentemente, começou a descontar sua frustração com colegas de Globo.

Humorista mau humorada

Este site e canal apuraram que ela chegou a destratar redatores do Humor da Globo ao ponto deles procurarem Melhem para dizer que, ou ela saía do projeto, ou eles saíam.

Quando é retirada desse projeto, Calabresa passa a retuitar posts de seguidores que acusavam a Globo de ter “plagiado” ou “roubado” o “Furo MTV” (que ela apresentou no passado com Bento Ribeiro.

Além de ter passado por cima dos chefes no caso da GNT; além de ter destratado colegas (inclusive Paulo Vieira) no caso do “Fora de Hora”, ela ainda respaldo que a Globo estaria furtando um projeto seu.

Faz-me rir (ou chorar)

Essa última atitude, inclusive, é a mais escandalosa: o “Furo MTV” JAMAIS foi um projeto de Dani Calabresa.

O Furo MTV não passava de uma cópia mal ajambradaa do quadro “Weekend Update”, do programa norte-americano “Saturday Night Live”, e que foi exibido entre 2000 e 2004.

Foi o quadro que tornou Tina Fey e Jimmy Fallon mundialmente famosos.

Entre 2009 e 2013, embora jamais tenha dado crédito algum ao quadro do “Saturday Night Live”, a MTV não fez nada além de copiar uma atração de outra emissora.

É de fazer rir, portanto, que Calabresa a essa altura tivesse a desfaçatez de achar que era “dona” de qualquer coisa parecida com o “Furo MTV”.

Mas por que Calabresa acusou Melhem?

Na opinião deste jornalista, ela simplesmente transferiu todo o ódio e frustração com o casamento desfeito contra o ex chefe.

Quando ela vai acusá-lo de assédio moral na DAA, estava completamente transtornada de ódio e certa de que Melhem a havia prejudicado três vezes, no que estava errada.

Mas, quando vai acusá-lo de assédio sexual, ela não estava mais cometendo um erro, e sim uma perversidade.

Três anos de mensagens, áudios e postagens trocadas com Melhem mostravam não só que havia carinho entre eles, mas também intimidade.

E vale recordar: tudo começa quando ELA mostra seus nudes a Melhem “sem ele pedjjiir”.

Melhem Galinha

É nesse momento, acredito, que Melhem achou que ela estava dando bola para ele e passa, de fato, a “dar em cima” dela.

Mas não da forma criminosa como ela pintou sua “narrativa”.

Nos autos do processo, que este jornalista obteve, o próprio Melhem admite (em mensagem a Verônica Debom) que teria sido “invasivo” com Calabresa.

Dias depois, Debom, que havia levado um “chute na bunda” (palavras dela) de Melhem, passaria a ser a segunda atriz a acusá-lo de assédio sexual.

O resto é história. História horrorosa, falsa e sórdida, por sinal.

Nem a defesa de Calabresa nem a de Marcius Melhem se pronunciam sobre o assunto.

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